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Ambulância transporta feridos para hospital em Tel Aviv, após uma incursão do Hamas nos assentamentos israelenses ao redor da Faixa de Gaza
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Ambulância transporta feridos para hospital em Tel Aviv, após uma incursão do Hamas nos assentamentos israelenses ao redor da Faixa de Gaza
André Biernath
BBC NEWS
A médica brasileira Julie Schleifer foi acordada na manhã de sábado (7/10) com o som de sirenes. Era o início dos ataques do Hamas.
“Por volta das 6h30, ouvimos o alarme, acordamos as crianças e corremos todos para o quarto seguro”, diz ela. O “quarto seguro” é um cômodo construído na maioria das casas israelenses para proteger as pessoas de possíveis bombardeios.
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Quando as sirenes da cidade são ativadas, é necessário que todos os moradores se dirijam para esse local em questão de segundos e permaneçam lá por pelo menos dez minutos depois que o alarme parou de soar. “Eu moro em Israel há 16 anos e posso contar nos dedos as vezes em que ouvi a sirene”, conta Schleifer.
A médica vive com a família na cidade de Hod HaSharon, que fica a cerca de 10 km de Tel Aviv e a 70 km da Faixa de Gaza.
Segundo ela, o local é tranquilo e se encontra relativamente longe das zonas de maior conflito — o que fez o som das sirenes disparadas no sábado ser encarado como algo ainda mais atípico e surpreendente. “Quando entrei na sala segura, logo acessei os sites de notícias, mas não havia nenhuma informação.”
“Em cerca de 20 minutos, começaram a aparecer os primeiros relatos e soubemos que o país estava sofrendo um ataque surpresa.”
Porém, mesmo quando as notícias passaram a circular, Schleifer conta que demorou um tempo para que as autoridades viessem a público confirmar o que estava acontecendo.
“Foram horas de envios de todo tipo de mensagem por WhatsApp e Telegram. Mas ninguém sabia exatamente o que ocorria naquele momento.”
Schleifer conta que uma amiga dela, que é enfermeira, estava de folga no sábado e foi convocada às pressas para trabalhar no Hospital Beilinson, que fica na cidade de Petah Tikva, e é um dos maiores centros médicos do país.
“Disseram a ela que o hospital todo seria transformado em serviço de emergência.”
Entre policiais e militares que estavam no local, segundo o relato da enfermeira a Schleifer, já circulava a informação extraoficial de que mais de 200 pessoas haviam morrido naquelas primeiras horas. Leia mais em BBC NEWS
FONTE : ReporterMT