RepórterMT
Defesa alegou “protocolo equivocado da referida petição”.
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A defesa de Vera Morena Dicke, mãe do empresário Carlinhos Bezerra, pediu à Justiça o desentramento do pedido que havia sido protocolado para que ela pudesse visitar o filho na Penitenciária Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, separada das famílias dos demais presos. Na prática, o que foi solicitado é que o pedido seja retirado do processo e não seja levado em consideração pela magistrada.
A alegação da advogada da família é que o pedido foi protocolado de forma equivocada. A solicitação foi atendida pelo juízo da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá.
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Carlinhos Bezerra é o assassino da ex-companheira Thays Machado e do namorado dela, Willian Moreno. Os dois foram mortos na tarde de 18 de janeiro de 2023, quando saíam do prédio em que a mãe dela mora, no Bairro Consil, em Cuiabá.
O pedido para que a mãe do empresário pudesse visitá-lo de forma separada foi apresentado no fim de março. A família alegava que Vera é idosa e que, caso fosse concedida, a autorização a pouparia de ser submetida à revista íntima e ao “grande desconforto psicológico e emocional e constrangimento”, e asseguraria a dignidade dela.
A ideia é que ela pudesse comparecer semanalmente à penitenciária, toda quarta-feira, para visitar Carlinhos Bezerra. O horário poderia ser determinado pela direção do estabelecimento prisional. Também foi apresentada uma lista de quatro pessoas que poderiam estar com ela nas visitas.
Carlinhos Bezerra é filho do ex-governador e ex-deputado federal Carlos Bezerra. Ele foi preso no mesmo dia do crime, escondido em uma fazenda da família dele em Campo Verde. Em novembro do ano passado, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) concedeu a ele prisão domiciliar, atendendo ao pedido da defesa do empresário, que alegou que ele tem problemas de saúde e precisava de atendimento médico que não poderia ser fornecido na unidade prisional.
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A medida, contudo, foi revista em fevereiro deste ano pela juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, que acolheu o pedido do Ministério Público Estadual que apresentou evidências de que Bezerra estava descumprindo as determinações judiciais, inclusive indo a supermercados da capital, quando deveria estar recolhido em casa.
FONTE : ReporterMT