POLÍCIA

Juiz manda soltar segurança que dopou e estuprou a própria filha de 8 anos

JOÃO AGUIAR

DO REPÓRTER MT

O juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 2ª Vara Peixoto de Azevedo (691 km de Cuiabá), mandou soltar o segurança Reginaldo Evangelista Francisco Rocha, que dopou e estuprou a própria filha, uma criança de apenas 8 anos.

Reginaldo se entregou na delegacia na noite de quarta-feira (27). Ele estava escondido na zona rural da cidade e se apresentou, pois após a divulgação do caso, ficou com medo de ser linchado pela população.

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Conforme o delegado Geordan Fontenelle, responsável pelas investigações, disse ao Repórter MT a prisão preventiva tinha sido decretada, pois Reginaldo teria ameaçado a criança e outras testemunhas. 

Em sua decisão, o juiz Anderson Clayton Dias Batista, no entanto, afirmou que “foi verificado que não havia elementos que colaborassem com o descumprimento das medidas”.

 

“Tanto que o Ministério Público não se opôs à revogação da prisão preventiva”, diz trecho de nota enviada pela assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

“Considerando esses fatos e devido à ausência dos requisitos legais para a manutenção da custódia cautelar, com base no artigo 316 do Código de Processo Penal foi revogada a prisão preventiva do réu”, conclui a nota.

Geordan Fontenelle afirmou que vai realizar um novo pedido de prisão preventiva. “A Polícia Civil já está preparando um novo pedido de prisão preventiva. Vamos entregar um inquérito com mais de 150 páginas, com provas do estupro de vulnerável”, disse.

O crime

Conforme já publicado pelo RepórterMT, a criança foi passar as férias escolares, entre os dias 03 e 24 de julho, com o pai. Ele a levou para uma fazenda onde trabalhava como segurança.

Um dia, o pedófilo deu à vítima um comprimido branco para fazê-la dormir, então a estuprou. Quando a criança acordou, o bandido estava em cima dela. Segundo as investigações, Reginaldo abusava da menina todas as vezes que ela passava algum tempo com ele, mas a ameaçava para que não contasse a ninguém.

Uma professora notou a mudança de comportamento da criança quando, antes das férias escolares de julho, a menina disse que não queria entrar em recesso, provavelmente por saber que passaria o período com o pai.

A criança passou por exame de corpo de delito, onde foram encontrados vestígios de conjunção carnal anterior ao estupro ocorrido em julho.

Reginaldo foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável majorado, em razão de ser pai da vítima, com pena que pode variar de 12 a 22 anos.

FONTE : ReporterMT

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