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Grávida, Ledur apresenta atestado por ansiedade e depressão e “escapa” de audiência sobre tortura

Hiper Noticias

A tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur de Souza Dechamps, não compareceu à audiência do caso em que é ré por, supostamente, ter torturado Maurício Júnior dos Santos. Na ocasião, a vítima participava das aulas de salvamento aquático do 15º Curso de Formação de Soldado do Corpo de Bombeiros, realizado na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

Izadora Ledur apresentou à Justiça um atestado datado do dia 20 de março — data de realização da audiência. No documento, o médico ginecologista Álvaro Roberto de Assumpção recomendou cinco dias de repouso para a tenente, acometida, de acordo com o atestado, com transtorno misto de ansiedade e depressão. O documento também aponta que a bombeira está grávida de 18 semanas, aproximadamente quatro meses de gestação.

Mesmo sem a presença da ré, o juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, conduziu a audiência de instrução em que cinco testemunhas, todas militares e arroladas pela defesa, foram ouvidas. Após as oitivas, o magistrado designou para 19 de junho a data em que será realizado o interrogatório de Ledur.

CASO MAURÍCIO

Os fatos teriam acontecido entre os meses de janeiro e fevereiro de 2016, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, durante o treinamento da disciplina “Salvamento Aquático” em ambiente natural, no 15º Curso de Formação de Soldado do Corpo de Bombeiro Militar do Estado de Mato Grosso.

A tenente-coronel, na qualidade de instrutora da disciplina, teria submetido Maurício Júnior dos Santos a intenso sofrimento físico e mental, como forma de lhe aplicar castigo pessoal, por conta de um suposto mau desempenho nas atividades aquáticas.

No meio do percurso, Ledur teria ordenado que os alunos do 4º Pelotão seguissem e deixassem Maurício, que estava sentindo câimbras, para trás. Em seguida, teria torturado física e psicologicamente a vítima, proferindo palavras ofensivas e o submetendo a sessões de afogamento.

No mesmo ano, Izadora Ledur também foi apontada como responsável pela morte do aluno-soldado Rodrigo Claro. Ela chegou a ser condenada por maus-tratos, mas não cumpriu a pena de um ano de prisão porque foi reconhecida a extinção da punibilidade no caso.

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