Michel Alvim/Secom-MT
Pivetta deixou claro que o Governo de MT não tem compromisso com o erro
VANESSA MORENO
APARECIDO CARMO
O vice-governador de Mato Grosso Otaviano Pivetta (Republicanos) disse na manhã desta sexta-feira (27) que o Governo “cortou a própria carne” ao exonerar o ex-secretário de Estado de Agricultura Familiar (SEAF), Luluca Ribeiro, após denúncias de um suposto esquema de corrupção na liberação de emendas relacionadas à pasta para compra de kits agrícolas.
Pivetta disse que não tem conhecimento de detalhes sobre a investigação, mas que sente muito o ocorrido e vai aguardar as decisões judiciais. “Eu pessoalmente sinto muito, é muito ruim isso para o Governo. Muito ruim principalmente para quem paga impostos. Vamos aguardar as investigações e as decisões judiciais”, disse durante entrevista à imprensa.
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Luluca foi exonerado da pasta em julho deste ano e no mesmo mês a Controladoria Geral do Estado (CGE) iniciou um processo de investigação contra ele. Na última segunda-feira (23), ele foi alvo de busca e apreensão na Operação Suserano, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
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Segundo a polícia, Luluca foi responsável por assinar um contrato com a empresa Instituto de Natureza e Turismo – PRONATUR, que recebeu mais de R$ 28 milhões sem a realização de processo licitatório.
“Não temos compromisso com o erro, toda nossa equipe sabe que não tem tolerância pro erro”, comentou Otaviano Pivetta sobre a participação de Luluca no esquema.
O ex-secretário foi uma indicação feita pela deputada estadual Janaína Riva (MDB) ao governo. Ao ser questionado se o caso teria abalado sua relação com a parlamentar, que é uma das principais lideranças do MDB, Pivetta negou. “Não tenho nenhum problema com a deputada Janaína e ela não tem nada a ver com isso. É uma indicação do MDB, mas nós não acusamos ninguém”, ressaltou Pivetta.
O vice-governador garantiu ainda, que quando é concedido um espaço no Governo para algum partido, o poder executivo do Estado deixa claro que ele não tem compromisso com o erro, mas sim com a transparência e com o respeito ao dinheiro público.
FONTE : ReporterMT