POLÍCIA

Governo Lula volta atrás e desiste do leilão de arroz; Fávaro admite que não é necessário

APARECIDO CARMO

DO REPÓRTERMT

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), disse, nesta quarta-feira (03), que o Governo Federal desistiu do leilão para importar arroz do exterior. A decisão, que havia sido anunciada sob o argumento de que isso iria impedir um aumento no preço do produto no mercado interno, vem depois da anulação do certame após suspeitas de fraudes. 

Em entrevista para a Globo News, o ministro disse que o produto chegou a custar em torno de R$ 40 em algumas regiões, mas que com a retomada da normalidade nas rodovias do Rio Grande do Sul, principal produtor nacional de arroz afetado por enchentes há cerca de dois meses, o governo não vê mais a necessidade de importar o grão.

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“Já temos arroz, em algumas regiões do país, a R$ 19, R$20, R$ 23 e R$ 25, o pacote de cinco quilos, o que está dentro da normalidade. Então, me parece que é mais plausível nesse momento a gente monitorar o mercado, não havendo especulação, na minha avaliação não se faz necessário novos leilões”, acrescentou.

A decisão de importar arroz nunca contou com o apoio dos produtores, especialmente os gaúchos, que sempre afirmaram que tinham conseguido colher 80% da produção, o que seria suficiente para manter o abastecimento interno.

O leilão realizado no dia 6 de junho, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi anulado pelo governo, depois que a imprensa divulgou que as quatro empresas vencedoras do certame não tinham nenhuma experiência no ramo arrozeiro. Uma delas comercializava queijos no Norte do país.

Além disso, três dessas empresas foram representadas no leilão por empresas ligadas a Robson Luiz de Almeida França, que trabalhou com Geller na Câmara dos Deputados entre 2019 e 2020. Neri era Secretário de Política Agrícola no Ministério da Agricultura, mas caiu após o escândalo.

Também foi revelado que Robson é sócio do filho de Neri Geller, Marcelo Piccini Geller, na empresa GF Business, criada em agosto de 2023 e voltada para o agronegócio. Além disso, enquanto esteve no gabinete de Geller na Câmara Federal, França atuou ao lado de Thiago dos Santos, que era o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, sendo o responsável pela realização de leilões da empresa. Thiago foi indicado para o cargo na Conab por Geller e também foi exonerado do cargo.

Em entrevista para uma emissora de rádio do Piauí, no dia 21 de junho, disse que a decisão de anular o leilão foi tomada por conta de uma “falcatrua”.“Tivemos anulação do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa”, afirmou o presidente.

FONTE : ReporterMT

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