POLÍCIA

Emanuel nega esquema de "fura-fila" em vacinação da covid-19 e se coloca à disposição da Justiça

DAFFINY DELGADO

DO REPÓRTERMT

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), nega que tenha existido um esquema com objetivo de furar a fila da vacinação contra a covid-19 durante a pandemia, conforme consta da denúncia feita pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Por meio de nota divulgada na tarde desta sexta-feira (12), o gestor se defendeu das acusações. 

No comunicado, Emanuel garante ter seguido as diretrizes estabelecidas no Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.

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“O prefeito Emanuel Pinheiro atendeu com rigor às diretrizes que descreveu o Plano Nacional de Imunização (PNI) (comorbidade e faixa etárias) determinadas pelo Ministério da Saúde para a vacinação da população contra o coronavírus”, diz trecho de nota. 

Emanuel Pinheiro também nega ter ocorrido fraude em sua própria imunização. “[…] ele agendou a vacinação para uma data, mas como estava fora da faixa etária, optou por aguardar o mês adequado. A campanha Vacina Cuiabá foi transparente e iniciou-se em 20 de janeiro de 2021. No Município, inclusive, foi editada a Lei 6.661/2021, fixando multa no valor de R$ 21,8 mil para quem furasse a fila, fruto da preocupação constante do prefeito Emanuel Pinheiro em garantir imunização para aqueles que mais precisavam”, acrescenta.

Leia mais – MP denuncia Emanuel e aponta esquema de “fura-fila” durante vacinação da covid-19

A denúncia do MP é assinada pelo promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour Cesar, do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco). De acordo com o documento, foi indicado que o grupo era integrado, além do prefeito da Capital, pelo irmão dele Marco Polo de Freitas Pinheiro, conhecido como “Popó Pinheiro”; o então coordenador técnico de tecnologia e informática da Secretaria Municipal de Saúde, Gilmar de Souza Cardoso, e o então chefe de gabinete de Emanuel, Antônio Monreal Neto.

De acordo com a denúncia, Emanuel, seu irmão e seus então assessores teriam atuado para fraudar a fila de vacinação contra a doença à época da pandemia, “atendendo interesses próprios e de terceiros”.

“[…] O Chefe do Poder Executivo Municipal se aproveitou do cargo público que ocupa para beneficiar a si próprio e a pessoas ligadas direta ou indiretamente a ele. Os elementos de prova colhidos nos autos demonstraram que, para alcançar o seu desiderato, EMANUEL PINHEIRO (Prefeito de Cuiabá/MT) valeu-se de pessoa da sua estrita confiança, seu irmão MARCO POLO DE FREITAS PINHEIRO, que atuava como verdadeiro longa manus do alcaide, bem como de ocupantes de cargos estratégicos (servidores) na Prefeitura de Cuiabá/MT”, diz a denúncia.

Ainda no documento, o MPE pediu a perda de cargo de Emanuel e os outros denunciados, bem como a reparação monetária dos danos causados pelos supostos crimes de associação criminosa, utilização indevida de serviços públicos e inserção de dados falsos em sistema de informações por 62 vezes.

Por fim, o gestor reiterou em nota, que está a disposição da Justiça para quais quer esclarecimentos.

“O prefeito reitera que está à disposição das autoridades para atender a qualquer solicitação versando sobre essas e outras informações”.

FONTE : ReporterMT

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