POLÍCIA

Delegado: Integrante de facção não pode ser tratado igual ao cidadão que comete um crime eventual

KARINE ARRUDA

DO REPÓRTER MT

Assassinatos cometidos a mando de líderes de facções têm crescido em Mato Grosso, o que aumenta a sensação de que a população está à mercê da bandidagem. Segundo o delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, de fato, os números subiram muito, mas muito disso está ligado à ineficiência das leis, que, segundo ele, devem ser diferentes quando aplicadas a integrantes de facções.

“Se a pessoa é criminosa, integrante de facção, ela não pode ter os mesmos direitos e garantias processuais do cidadão que está trabalhando e, eventualmente, cometeu um crime. [É preciso] uma legislação que garanta que, quando você for lidar com facção criminosa, as regras, por exemplo o direito ao silêncio, é um direito do cidadão, mas se for um integrante de uma facção criminosa, ele não tem que ter direito ao silêncio. Ele tem que ter o dever de falar. Se ele estiver preso, ele tem que ser obrigado a trabalhar”, afirma Nilson.

Em entrevista ao RepórterMT, o delegado também pontuou que se a segurança de um estado está um caos é porque alguns atores falharam em sua atuação conjunta, ou seja, a segurança não é só um “problema” da polícia, mas também do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Público. “Todos nós, o delegado, o promotor, o juiz, somos submissos à lei, eu vou cumprir o que a lei determinar. Então, se a lei não me ampara, não tem o que fazer”.

Assista:

Confira a entrevista na íntegra:

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FONTE : ReporterMT

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