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O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) processou a vereadora Maysa Leão (Republicanos) pelos crimes de calúnia, difamação e injúria.
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O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) processou a vereadora Maysa Leão (Republicanos) pelos crimes de calúnia, difamação e injúria.
FERNANDA ESCOUTO
DO CONEXÃO PODER
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) processou a vereadora Maysa Leão (Republicanos) pelos crimes de calúnia, difamação e injúria. Além disso, ele acionou a Presidência da Câmara de Cuiabá para que seja investigado uma suposta quebra de decoro parlamentar por parte da parlamentar.
Segundo a ação, no dia 10 de agosto, Cattani e Maysa participaram de um podcast. Alguns dias depois, o deputado publicou em suas redes sociais um trecho da entrevista em que defende a castração para homens que cometem o crime de estupro.
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Já Maysa disse que caso isso acontecesse, a sociedade voltaria para os tempos medievais, “olho por olho, dente por dente”.
Após a publicação desse trecho da entrevista, Maysa declarou à imprensa que o mesmo foi editado e que sua fala foi deturpada. Ela disse que tentou entrar em contato com o parlamentar para que ele apagasse o vídeo das redes sociais, mas não teve êxito.
Na quinta-feira (31), a vereadora chorou na tribuna da Câmara, pois ela e sua filha estariam sendo ameaçadas de estupro, nos comentários da publicação de Cattani.
Leia mais: Maysa Leão chora e diz que tem recebido ameaças de estupro após vídeo publicado por Cattani
Nos autos, Cattani alega que o vídeo não foi editado e “é o mesmo que está na entrevista que está no Youtube para qualquer pessoa ver”. Ele ressalta também que a vereadora tem meios para contatá-lo o em seus números oficiais, e mesmo assim, não fez, limitando-se a dizer que tentou falar pelas redes sociais”.
“Ao afirmar que eu permiti que terceiros desejassem praticar crimes contra Vossa Excelência e sua filha, que eu difamei sua atuação política e que eu deturpei a sua fala, a Vereadora está atribuindo a este Deputado conduta da qual não praticou”, pontuou a defesa do deputado na ação.
“Não são afirmações de mero aborrecimento, são acusações muito graves”, diz outro trecho do processo.
Além de acionar a Justiça, com pedido de indenização de R$ 50 mil, Cattani também encaminhou um ofício ao presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), para que o caso seja investigado como quebra de decoro parlamentar.
“Nenhuma das condutas perpetradas pela vereadora é compatível com o decoro parlamentar, devendo ser instaurada Comissão de Ética e Disciplina desta augusta e respeitável Casa Municipal de Leis da Capital Mato-grossense para apurar os fatos e as provas, a luz da legislação em vigor, e analisar se é o caso de perda do mandato, consoante regramento do Art. 20, da Lei Orgânica de Cuiabá”, concluiu Cattani.
FONTE : ReporterMT