LICIO ANTONIO MALHEIROS
A nossa Casa de Leis, Câmara Municipal de Cuiabá, tornou-se palco de uma verdadeira “disputa” salutar entre os vereadores para instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), visando corrigir, divulgar e levar à população situações anômalas às desejadas.
Entre tantas devidamente instaladas obedecendo os pré-requisitos exigidos, uma delas, encontra-se em pleno andamento, a CPI da Fiação de Energia e Telefonia, proposta pelo vereador Eduardo Magalhães (Republicanos).
Em menos de dois meses da gestão do prefeito por Cuiabá Abílio Brunini (PL) e concomitantemente a Câmara Municipal de Cuiabá.
A instalação de CPIs demonstra claramente a atuação de alguns vereadores, no sentido de apontar e discutir problemas históricos e emblemáticos que assolam a nossa cidade.
A CPI da Fiação de Energia e Telefonia, de autoria do vereador Eduardo Magalhães (Republicanos), poderá durar 120 dias, podendo estender-se por mais 120 dias, dependendo do andamento da mesma.
As justificativas para implementação da mesma são plausíveis e aceitáveis, uma vez que, basta caminharmos pelo centro e periferia da capital, para depararmos com um emaranhado de fios e em sua grande maioria pendurados, podendo ocasionar sérios problemas de ordem física e em alguns casos podendo até, levar o munícipe à morte.
Na terça-feira (25), o vereador Eduardo Magalhães (Republicanos), em coletiva à imprensa, falou da instalação da referida CPI de forma explicitada e compreensiva.
Mostrando, a necessidade de ouvir e confrontar com os dados que serão apresentados pelos atores responsáveis, por esse emaranhado de fios que se encontram nas ruas da capital e o que é pior, alguns deles pendurados nos postes.
Indagado pela dinâmica e execução da referida CPI Eduardo Magalhães (Republicanos ), diz “Na próxima quinta-feira (27), estaremos reunidos para deliberarmos os ofícios convocando representantes das empresas como: Vivo, Telecom, Claro empresas que fazem o cabeamento pelo município, e dessas empresas iremos identificar as responsáveis, pois é raro você encontrar uma rua em Cuiabá, que não tenha um fio daqueles pendurados, podendo a qualquer momento um motoqueiro passar por lá e sofrer um acidente”.
“Estaremos também convocando o pessoal ligado a Ordem Pública para sabermos em que pé está; quantas multas foram aplicadas, como está a questão da fiscalização tudo isso será discutido nessa reunião de quinta-feira (27), mediante ofícios encaminhados convocando essas empresas responsáveis para explicarem por que deixou Cuiabá chegar a esse ponto……..”.
Ainda, relativo à questão das CPIs. Na sessão da última terça-feira (25) na Câmara Municipal de Cuiabá, os debates entre os vereadores foram acalorados, respeitando sempre as suas prerrogativas legais.
Porém, algumas falas são de certa forma descontextualizadas, a exemplo o vereador Jeferson (PSD), que se intitula oposição, isso é perfeitamente aceitável, porém uma oposição raivosa é desnecessária, pois a oposição tem que ser coerente e coesa em suas atitudes e manifestações.
Ele disse na tribuna “Com quase dois meses de atuação do prefeito Abílio Bruinini (PL), ele não mostrou para que veio.
O prefeito atual herdou uma verdadeira bucha um passivo incalculável, não precisamos nem alongarmos com relação aos mesmos, pois é do conhecimento de todos.
A própria atuação do prefeito acabou refletindo na Câmara Municipal de Cuiabá, com grande número de CPIs, muitas delas, reflexo ainda da administração catastrófica da gestão anterior, não se trata de olhar no retrovisor são fatos consumados.
Infelizmente, a legislatura anterior da Câmara Municipal de Cuiabá agia de forma complacente para não dizer em estado de letargia total.
Votando na maioria das vezes, os projetos que interessavam ao prefeito; como por exemplo, o contrato com a CS Mobi também objeto de CPI, entre outros.
Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo e jornalista
FONTE : ReporterMT
