RAFAEL COSTA
DO REPÓRTERMT
O cacique mato-grossense José Acácio Serere Xavante negou na quinta-feira (31), em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que tenha recebido algum apoio financeiro para participar de protestos em Brasília. Morador de Campinapolis (553 km de Cuiabá), José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré, tem 42 anos e também é pastor evangélico.
Ele está preso desde o dia 12 de dezembro do ano passado no Presídio da Papuda em Brasília por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após ser flagrado liderando protestos contrários a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
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A investigação dos parlamentares distritais é relacionada aos atos de 8 de janeiro que culminaram na depredação dos prédios do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional.
Questionado se conhecia um fazendeiro de Mato Grosso e se ele havia financiado a vinda para o acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, o indígena negou.
“Tudo o que eu falei aqui é verdade. Da minha consciência estou falando a verdade. Ele pode até me conhecer, mas não conheço, não. Tem muitas pessoas no vídeo, falando de mim, que eu nem conheço”, justificou Serere.
No entanto, o cacique foi confrontado com um vídeo de Didi Pimenta, fazendeiro citado pelos parlamentares. Nas imagens ele diz que reuniu recursos para mandar indígenas para Brasília para protestar contra o resultado das eleições de 2022.
O advogado do cacique disse ainda que, por ser uma liderança indígena, o nome de Serere é usado muitas vezes de forma indevida, por pessoas que não o conhecem.
O presidente da CPI, o deputado Chico Vigilante (PT), afirma que vai propor a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico do cacique e do fazendeiro Didi Pimenta.
FONTE : ReporterMT
