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Senadora apoia a legalização de cassinos, mas é contra os bingos, por exemplo.
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A senadora Margareth Buzetti (PSD) disse, nesta quinta-feira (20), que é favorável à legalização de cassinos no Brasil, desde que se imponha a obrigatoriedade do uso do cartão de crédito para evitar a prática da lavagem de dinheiro.
O projeto voltou à discussão após a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, do Projeto de Lei 2.234/2022, que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalos.
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“Olha, de bingo eu tenho algumas restrições, mas o cassino não, porque você pode fazer somente com cartão de crédito. Porque daí a pessoa gasta e não pode lavar dinheiro. Ela vai pagar imposto disso, ela não pode lavar dinheiro”, defendeu a parlamentar.
Com um placar de 14 votos a 12, o projeto segue para a Mesa Diretora do Senado, que vai decidir quando a matéria entra em pauta no plenário. O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, onde tramitava desde 1991.
Os apoiadores da proposta estimam que, em caso de aprovação, o projeto deve resultar em mais de R$ 100 bilhões em investimentos e gerar cerca de 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos. A arrecadação poderia chegar aos R$ 22 bilhões por ano, que seriam divididos entra estados, municípios e União.
Parlamentares contrários ao projeto alegam que isso poderia incentivar o vício em jogos e a prática de crimes como a lavagem de dinheiro, tráfico e a prostituição.
O projeto estabelece regras específicas para diferentes tipos de jogos, como limites de quantidade numérica para os estabelecimentos comerciais que podem oferecer cassinos, bingos e jogos do bicho, o que, em tese, facilitaria a fiscalização das autoridades fiscais. Mesmo assim, a senadora Margareth Buzetti é contra a legalização dos bingos, por exemplo, porque seria mais difícil fazer o controle do fluxo de dinheiro.
“Mas se passar uma coisa, vai passar tudo. Então você não tem como separar. Por exemplo, eu era contra os jogos eletrônicos. Eu acho isso um absurdo para nossa juventude. Mas passou, né? É a democracia, a maioria vence”, concluiu.
FONTE : ReporterMT