Vanderson Ferraz
Presidente da Assembleia Legislativa reclamou de desrespeito de colega petista.
APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O deputado estadual Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa, classificou, nesta quarta-feira (03), como demagógico o projeto do colega de parlamento Lúdio Cabral (PT) que prevê que a passagem do BRT custará R$ 1 pelo período de cinco anos, com a diferença sendo paga pelo Governo do Estado. Para Botelho, a proposta é uma tentativa de ganhar o eleitorado durante o período eleitoral. Ambos são pré-candidatos à Prefeitura de Cuiabá.
“Não dá pra nós aprovarmos um projeto com demagogia, com mentira, pra enganar o povo só porque é período eleitoral, dizer: ‘olha, eu aprovei um projeto que vai ser um real’. Sabe que é algo que pode ser inviável. Então, não adianta nós virmos com essas mentiras, com essas demagogias. Não é por aí”, disse Botelho em conversa com a imprensa.
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Botelho explicou que ficou irritado com o que chamou de “desrespeito” como foi tratado por Lúdio, que o acusou de esconder o projeto de lei apresentado por ele para impedir que fosse votado em plenário, o que Botelho nega ter feito.
“O que me deixou (constrangido) foi a forma como chegou. Fazendo acusações, em cima, dizendo mentiras. Eu não trabalho com mentiras, eu trabalho com verdade. Eu nunca escondi um projeto aqui. Eu nunca deixei de colocar à disposição dos deputados pra votar. Existem pessoas que são lobos que se travestem em cordeiros, fala mansinho, é bonzinho, mas na verdade não é nada disso. Na verdade, usa de demagogia, de mentiras pra enganar a população”, disse o chefe do Legislativo estadual.
Lúdio se irritou com o fato de os parlamentares da base governista terem retirado as assinaturas do pedido de urgência urgentíssima para a tramitação de um projeto de lei que impõe uma licitação para definir quem vai operar o BRT em Cuiabá e Várzea Grande e estabelece a passagem desse modal em um real, sendo o restante pago pelo Governo do Estado.
No regime de urgência urgentíssima as pautas não são discutidas nas comissões e vão direto para apreciação do plenário. Essa modalidade de tramitação é usada para pautas muito relevantes.
“Você querer aprovar ali, na hora, sem ninguém discutir, é enganar o povo, gente. Isso é querer enganar a população. Isso é querer falar mentira”, disse o deputado, que ressaltou que nem se sabe se a proposta é economicamente viável.
Entenda a confusão
Lúdio cobrou o presidente do Parlamento a votação em urgência do projeto sobre o BRT, já que conseguiu 11 assinaturas dos deputados.
Contudo, quando o projeto foi à votação, Botelho pediu a recontagem das assinaturas, e os deputados da base aliada do governo Mauro Mendes (União) começaram a pedir as retiradas das assinaturas. Com as retiradas, a proposta ficou apenas com o apoio do deputado Wilson Santos (PSD).
FONTE : ReporterMT