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Várias pessoas foram presas pela Polícia Militar pelo crime de apologia ao crime.
APARECIDO CARMO
RAFAEL COSTA
O deputado federal Coronel Assis (União) disse que o “foguetório” promovido pela facção Comando Vermelho, foi uma afronta ao Estado Brasileiro e que os poderes constituídos precisam se unir para acabar com o crime organizado. O parlamentar disse que a ação foi orquestrada para demonstrar o “poderio e a capilaridade” do grupo criminoso em Mato Grosso.
“É uma afronta, na verdade, eu digo pra você que é uma afronta ao Estado brasileiro. O que que nós temos que ter muito bem claro? Que o Estado precisa se movimentar, o que mais precisa acontecer? Aqui nós não tivemos o dano, nem o efeito morte, mas tivemos o alcance psicológico da ação”, afirmou.
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Na terça-feira (24), criminosos foram orientados pelas lideranças da facção a soltar fogos de artifício pontualmente às 21h, em todas as regiões do estado, em homenagem a um faccionado que morreu após quebrar várias costelas durante fuga da Penitenciária Mata Grande, em Rondonópolis. Várias pessoas foram presas pela Polícia Militar pelo crime de apologia ao crime.
“É uma ingenuidade pensarmos que isso não foi uma grande estratégia para se marcar um posicionamento dentro de um estado com dimensões continentais, como é o estado de Mato Grosso. Isso foi feito em todo canto de Mato Grosso para demonstrar a sua capilaridade, a sua capacidade de seus tentáculos nos alcançarem”, disse o deputado.
“Isso foi planejado, e quem planeja um foguetório, pode também planejar os ataques como aconteceram lá no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Norte, na Paraíba e vários outros estados brasileiros, e isso é muito ruim para o estado brasileiro. É uma ilusão, uma falácia pensar que isso tudo é só uma crise. Não, isso tudo é um processo, um processo que vem se arrastando através de leis ultrapassadas, através de entendimentos dessas mesmas leis que facilitam e promovem uma desestruturação do sistema judicial criminal brasileiro, e mais do que isso, fomentam a impunidade”, acrescentou Assis, que já foi comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso.
Para o deputado, o combate à criminalidade não pode ser visto como uma bandeira político-ideológica, mas sim uma ação coordenada e conjunta dos três poderes.
“Não tem partido, não tem lado e não tem poder. Acho que os três poderes tinham que estar irmanados em uma situação de podermos estar lutando contra a impunidade, através de propositura de leis, através de investimentos e planos realmente palpáveis de combate a esse tipo de organização”, concluiu.
FONTE : ReporterMT