RpMT
Assis detona esquerda e CPI dos atos de 8 de janeiro
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
Nesta segunda-feira (08), completa-se um ano das invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Na época, milhares de pessoas, ‘ligadas’ ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram presas. Em entrevista ao RepórterMT, o deputado federal Coronel Assis (União Brasil) detonou a “instrumentalização” promovida pela esquerda nas investigações conduzidas sobre o caso.
Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos foi instaurada no ano passado. O relatório final das investigações, apresentado em outubro, resultou no pedido de indiciamento de 61 pessoas, entre elas Jair Bolsonaro, ex-ministros e assessores.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
O resultado foi duramente criticado e desacreditado, pela direita brasileira. Para muitos, ele não reflete a verdade dos fatos, já que alguns apontam o envolvimento de apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos ataques.
Assis explicou que não participou das investigações na CPMI, mas lamentou o trabalho e a falta de esclarecimento.
“Lamentavelmente vimos uma instrumentalização política por parte da esquerda que resultou em um relatório que pediu indiciamento de 61 pessoas. Eu não participei dessa CPI, mas lamento a falta de esclarecimentos que ocorreram durante os trabalhos da Comissão“, declarou Assis.
O parlamentar também lembrou sobre os julgamentos conduzidos no Supremo Tribunal Federal (STF), que foram realizados, segundo ele, em blocos, não garantindo o direito da individualização das acusações aos envolvidos e ou ampla defesa.
“Ao longo do último ano vimos muitos problemas envolvendo o julgamento dos acusados do dia 8 de janeiro, principalmente o cerceamento da defesa, acusações em bloco, assim como padronização de penas, o que fere o princípio da individualização da pena“, criticou.
Por fim, Assis destacou esperar que o Judiciário promova corretamente o julgamento dos demais supostamente envolvidos, para que não aconteça o mesmo “como aconteceu com o Cleriston Pereira da Cunha, que morreu em novembro de 2023, após ter um mal súbito no Complexo Penitenciário da Papuda“.
“Espero que o Poder Judiciário garanta ampla defesa aos que estão sendo julgados no STF, e que haja a devida atenção às garantias, principalmente, de homens e mulheres idosos e com problemas de saúde“, finalizou.
FONTE : ReporterMT