THAÍS BEMFICA
DO REPÓRTER MT
Agosto de 2023 entrou para a história. Com vários recordes de temperatura batidos em 31 dias, foi o mês de agosto mais quente em Cuiabá desde 1961. O recorde de temperatura foi registrado no dia 23, quando os termômetros chegaram a 41,8 graus, em pleno inverno.
Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média mensal foi de 37,9ºC. Os picos de temperatura foram nos dias 10 e 23, quando os termômetros chegaram a 40,4 graus e 41,8 graus, atual recorde de calor em 2023.
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Os dados indicam que, em 1961, quando o instituto começou a registrar as alterações climáticas, agosto registrou máxima de 36,3 graus. Já em 1978, os termômetros atingiram máxima de 31,4 graus, o menor registro de temperatura máxima para o mês.
Em 2022, o dia mais quente foi 28 de agosto, quando marcou 39,2 graus em Cuiabá. Já em 2021, o calor foi ainda mais intenso para o mês, quando as temperaturas chegaram a 40,9 graus nos dias 24 e 25; e de 40,3 graus no dia 23 daquele ano.
Isso ocorreu devido à presença de uma massa de ar seco, somada à ação do fenômeno El Niño. O fenômeno ocorre quando o calor fica acima do normal no oceano, o que foi registrado no oceano Pacífico Equatorial. Ao ser transferido para a atmosfera, esse calor gera alterações na circulação dos ventos, na distribuição da umidade, no volume e frequência da chuva e afeta o padrão de temperatura em diversos pontos.
Nesse cenário, o El Niño dificultou a expansão de ar polar e deixou a atmosfera mais quente, trazendo um ‘inverno escaldante’ para a Capital e todo o Mato Grosso, o que deve continuar a ser registrado durante o restante do inverno.
Assim como em agosto, quando a capital mato-grossense registrou recordes de temperatura, setembro não será diferente. O centro-oeste terá chuvas próximas a média histórica, com valores abaixo de 60mm. Apesar das chuvas, o tempo continua seco e as temperaturas, por sua vez, deverão ficar acima da média em Mato Grosso, quando as médias podem superar 28 graus.
FONTE : ReporterMT
