Faz um ano que o litoral norte de São Paulo foi devastado por chuvas sem precedentes. Perdemos 65 vidas e mais de três mil pessoas ficaram desabrigadas. Neste momento devemos refletir e reafirmar que essa tragédia não pode cair no esquecimento.
Desde as primeiras horas após o desastre, me envolvi ativamente com o meu mandato para contribuir com as respostas emergenciais e buscar soluções de curto a médio prazo. Minha primeira visita à região após a tragédia me permitiu observar a tristeza e o medo da população, que compartilhou comigo as suas urgências e destacou a necessidade de uma moradia digna e segura.
Ao longo deste último ano, não medimos esforços na luta pelo litoral norte. Visitamos a região diversas vezes, organizamos rodas de conversa com as mães e questionamos a prefeitura sobre o retorno às aulas, garantindo especial atenção às nossas crianças. Também mantivemos contato próximo com as autoridades estaduais responsáveis pelo litoral norte.
Um ano após a tragédia, a entrega de novas unidades habitacionais no bairro Baleia Verde e em Maresias trouxe alívio para algumas famílias. No entanto, o trabalho está longe de terminar. Agora, o desafio é ir além: precisamos de melhorias na urbanização e de políticas públicas focadas em adaptação climática, tornando as cidades menos vulneráveis e mais seguras, e oferecer treinamento periódico à população que mora em áreas de risco, por exemplo. Essas medidas são essenciais para prevenir futuros desastres.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo, aprovamos uma lei que garante moradia às famílias desabrigadas e trabalhamos pela priorização da entrega para mulheres arrimo de família. É um avanço importante, mas seguiremos exigindo ações concretas do governo estadual, que, apesar de seus esforços, pode e deve fazer mais.
O que ocorreu em São Sebastião reflete as severas consequências das mudanças climáticas e a urgente necessidade de políticas de mitigação e adaptação. Nossas cidades devem adotar uma gestão de risco e implementar medidas preventivas e emergenciais para proteger a população contra desastres e eventos extremos. Este incidente não foi um caso isolado e, infelizmente, é um indicativo de uma tendência crescente de eventos similares no futuro
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Continuo comprometida em manter o diálogo com o poder público, reforçando a importância de sua responsabilidade na proteção e bem-estar da população. O legado que deixaremos para as próximas gerações depende das ações que tomamos hoje.
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noticia por : UOL