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Trump escolhe o investidor Scott Bessent para chefiar o Tesouro dos EUA

Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (22) que indicou o investidor Scott Bessent, 62, para o cargo de secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Bessent ficará à frente de uma função do gabinete com grande influência sobre assuntos econômicos, regulatórios e internacionais.

“Scott tem sido há muito tempo um grande defensor da agenda America Primeiro. Às vésperas do 250º aniversário do nosso grande país, ele vai me ajudar a inaugurar uma nova era dourada para os EUA”, escreveu Trump em publicação na sua rede social, a Truth Social.

O investidor foi escolhido entre uma série de candidatos para o cobiçado cargo. A lista incluía o CEO da Apollo Global Management, Marc Rowan, e o ex-integrante do Fed, o banco central americano, Kevin Warsh. O investidor John Paulson também foi um candidato de destaque, mas desistiu; o veterano de Wall Street, Howard Lutnick, outro concorrente, foi nomeado chefe da Secretaria de Comércio.

Bessent defendeu a reforma tributária e a desregulamentação, particularmente para estimular mais empréstimos bancários e a produção de energia, conforme observado em um recente artigo de opinião que escreveu para o jornal americano The Wall Street Journal.

A melhora do mercado após a vitória eleitoral de Trump, escreveu ele, sinalizou “expectativas de crescimento mais alto, menor volatilidade e inflação, e uma economia revitalizada para todos os americanos.”

Bessent segue outros nomes importantes do setor financeiros que ocuparam o cargo, incluindo os ex-executivos da Goldman Sachs, Robert Rubin, Hank Paulson e Steven Mnuchin, o primeiro chefe do Tesouro de Trump. Janet Yellen, a atual secretária e primeira mulher no cargo, anteriormente presidiu o Fed e o Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca.

Bessent será o 79º secretário do Tesouro. O cargo é responsável por manter a estrutura da maior economia do mundo, desde a arrecadação de impostos e pagamento das contas do país, até a gestão do mercado de dívida do Tesouro, de US$ 28,6 trilhões, e a supervisão da regulamentação financeira, incluindo o manejo e prevenção de crises de mercado.


O chefe do Tesouro também administra a política de sanções financeiras dos EUA, supervisiona o Fundo Monetário Internacional, liderado pelos EUA, o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais, e gerencia as triagens de segurança nacional de investimentos estrangeiros no país.

Bessent trabalhou para o famoso investidor Jim Chanos no final dos anos 1980 e depois se juntou à Soros Fund Management, a firma de investimentos macroeconômicos do bilionário George Soros. Ele logo ajudou Soros e o principal vice da empresa Stanley Druckenmiller em sua transação mais famosa: a venda a descoberto da libra esterlina em 1992, que rendeu mais de US$ 1 bilhão para a firma.

Em 2015, Bessent arrecadou US$ 4,5 bilhões, incluindo US$ 2 bilhões de Soros, para lançar a Key Square Group, uma firma de capital de risco que aposta em tendências macroeconômicas. O principal fundo da Key Square registrou ganhos de cerca de 31% em 2022, segundo relatos na imprensa, mas os ativos da firma diminuíram para aproximadamente US$ 577 milhões em dezembro de 2023, de acordo com um registro regulatório.

Bessent vive principalmente em Charleston, no estado da Carolina do Sul, com o marido e dois filhos. Ele cresceu em uma vila de pescadores em Little River, no mesmo estado, onde disse que seu pai, um investidor imobiliário, experimentou altos e baixos.

noticia por : UOL

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