Engajamento popular durante o conflito era “unânime”, da capital ao interior, segundo publicação no site da Assembleia Legislativa de São Paulo. “Nada menos que 200 mil homens se apresentaram para lutar, mas não havia armas para todos; somente perto de 30 mil puderam efetivamente ser aproveitados.”
Vantagem numérica e técnica das tropas federais levou à rendição dos paulistas, que por sua vez conquistaram terreno no campo político ao pressionarem sobretudo pela realização de eleições, embora Vargas tenha saído vencedor das urnas.
“Derrota militar, vitória política”. Mantra passou também a ser explorado como propaganda da versão paulista.
Era um momento cheio de tensões entre aqueles cuja intenção era usar a Revolução Constitucionalista como emblema de paulistanidade, num sentido que excluía muitos habitantes de São Paulo da categoria ‘paulista’; enquanto outros grupos envolvidos na política eleitoral e mais sensíveis ao crescimento de sentimentos nacionalistas procuravam ampliar o significado de ’32’. Claro que todas as crônicas e memórias tinham que enfrentar o fato de se tratar de uma guerra contra tropas brasileiras. Barbara Weinstein, professora de história da New York University, que estudou o tratamento dado ao fato nos anos 50, em entrevista ao UOL em 2021
“Discutível”. “Até um jornal que se posicionou como cético para com a finalidade da Revolução de 32, O Correio da Manhã, informou seus leitores que talvez, no sentido político, 32 fosse ‘discutível’, porém não havia como negar a sinceridade de um povo que arriscou suas vidas por uma causa”, concluiu a pesquisadora.
*Com informações de reportagem publicada em 09/07/2021.
noticia por : UOL