A PF concluiu que o laudo divulgado por Marçal é falso. Uma análise feita pela Polícia Civil de São Paulo também já havia confirmado a falsificação do documento. O prontuário tinha erros de digitação e de informações sobre documentos de Boulos e era assinado por um médico já falecido. A imagem divulgada pelo ex-coach tentava associar Boulos ao uso de drogas.
Boulos pediu a prisão de Marçal. Em live nas redes sociais pouco tempo após a postagem do laudo falso, o deputado federal disse que o ex-coach “não tem limite” e solicitou também a prisão do administrador da clínica em que Marçal afirmou que o psolista teria se internado. “O dono da clínica tem um vídeo com o Pablo Marçal, é apoiador dele”, afirmou na ocasião.
A Justiça Eleitoral negou o pedido de prisão, mas ordenou a suspensão do Instagram de Marçal. O juiz responsável pelo caso também determinou que o ex-coach e outros perfis apagassem postagens que traziam o prontuário médico forjado.
Nesta sexta (8), Marçal prestou depoimento sobre o caso por cerca de três horas na PF em São Paulo. O UOL apurou que ele chegou ao prédio da Superintendência Regional por volta das 11h20. O empresário foi indiciado com base no artigo 304 do Código Penal, que tipifica o crime de produção de documentos falsificados ou alterados.
Caso também é investigado pela Justiça Eleitoral. No domingo do primeiro turno, o desembargador Silmar Fernandes, presidente do TRE-SP, disse que se Marçal for condenado pode ter os direitos políticos suspensos, o que lhe deixaria inelegível.
O candidato do PRTB disse, em diferentes ocasiões, que não sabia que se tratava de um laudo falso. “Vocês podem falar com o Tássio Renam [advogado]. Ele que postou, na hora da postagem eu estava no (podcast) Inteligência Limitada. Ele mesmo postou. E a gente está 100% em paz”, afirmou a jornalistas após votar no domingo do primeiro turno.
noticia por : UOL