MUNDO

Reino Unido concede a Julian Assange direito de recorrer de extradição para os EUA

Se assim for, uma nova audiência será realizada em 20 de maio, antes que os juízes decidam se consideram essas garantias satisfatórias para deliberar se Julian Assange pode ou não se beneficiar de um último recurso no Reino Unido, em um caso que se tornou símbolo das ameaças à liberdade de imprensa.

De qualquer forma, os partidários do jornalista advertiram que, se derrotados, levariam o caso à Corte Europeia de Direitos Humanos na esperança de suspender a extradição.

Julian Assange pode pegar até 175 anos de prisão por ter publicado mais de 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares e diplomáticas dos EUA, especialmente no Iraque e no Afeganistão, a partir de 2010. Esses documentos incluem um vídeo que mostra civis, entre eles dois jornalistas da Reuters, mortos por disparos de um helicóptero de combate dos EUA, no Iraque, em julho de 2007.

Julian Assange foi preso pela polícia britânica em 2019, depois de passar sete anos na embaixada equatoriana em Londres, para evitar a extradição para a Suécia em uma investigação de estupro arquivada no mesmo ano.

Última esperança

Nas últimas semanas, pessoas próximas a Julian Assange, que está preso há cinco anos na prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres, alertaram que sua saúde está se deteriorando. Sua defesa também aponta para o risco de suicídio se ele for extraditado. Com problemas de saúde, ele não compareceu aos dois dias de audiências em fevereiro.

noticia por : UOL

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