Para o delegado, esse vínculo de proximidade foi comparado a um “cavalo de Troia”, uma figura aparentemente benigna que escondia intenções sombrias. A própria família de Mateus disse em depoimento ter sido pega de surpresa pelo crime, explicou o delegado, em entrevista coletiva. As informações são do SBT Central.
Almeida vivia sozinho e não possuía filhos nem relacionamentos aparentes. Sua interação social era limitada, com maior foco nas crianças da vizinhança e raros contatos com adultos. A casa onde vivia foi descrita como desorganizada, repleta de objetos acumulados, evidenciando um comportamento de acumulador.
Esse isolamento pode ter contribuído para sua vulnerabilidade emocional e psicológica, levando a comportamentos perigosos, comentou Bérgamo. Almeida era descrito por vizinhos como uma figura excêntrica, mas até então não considerada uma ameaça real.
Inveja das crianças
Durante os depoimentos à polícia, Almeida afirmou sentir “inveja da felicidade das crianças” e alegou ouvir vozes que o incentivaram ao crime. Ele declarou possuir um laudo de esquizofrenia, mas a polícia ainda não conseguiu confirmar a existência desse documento.
A motivação inicial apontada pela investigação sugere que o crime pode ter ocorrido em meio a um desentendimento entre ele e o menino. Há, ainda, a suspeita de tentativa de abuso sexual frustrada, mas essa possibilidade segue sob apuração devido ao sigilo decretado pela Justiça.
noticia por : UOL