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Quarta rodada do Paulistinha tem Majestoso sobrevalorizado

Quiseram os deuses dos estádios que Corinthians e São Paulo se encontrassem no estádio em que os tricolores jamais venceram em 18 jogos e quase dez anos logo na quarta rodada do Paulistinha.

Fosse no Morumbi, o Majestoso teria apenas o peso da rivalidade, que não é pouca e seria o suficiente.

Mas, não!

O clássico virou drama para os anfitriões e teste precoce para os visitantes.

O Corinthians abriu a temporada jogando mal três vezes e com duas derrotas —a última delas contra o São Bernardo com dez jogadores desde os 13 minutos da partida, sofrendo o gol já com um homem a mais e depois de ter perdido pela primeira vez em Itu, também por 1 a 0.

Ver nova escrita cair por terra em casa nesta terça-feira (30) será marca indelével para a megalomaníaca inexperiente gestão no Parque São Jorge.

O São Paulo tem batido na trave todas as vezes na zona leste paulistana. Basta dizer que nos últimos cinco jogos só perdeu uma vez, exatamente na derradeira, pela Copa do Brasil, para depois virar no Morumbi e terminar campeão.

Vencer na casa do rival confirmará o bom começo na temporada e, mais, vitaminará o time para o embate que realmente importa, no domingo (4), no Mineirão, pela Supercopa do Brasil, contra o Palmeiras.

Parênteses: será que as autoridades da segurança pública paulista não se envergonham pelo fato de o jogo ser em Belo Horizonte porque na Pauliceia, com duas torcidas, está proibido lá se vão oito anos?

Mais uma vez o São Paulo jogará como favorito, e o Corinthians, apenas para manter o tabu, o que é pouco, embora, nas atuais circunstâncias, seja muito.

A série começou em setembro de 2014, com Mano Menezes no banco corintiano contra Muricy Ramalho —3 a 2, de virada.

Caso perca, Mano poderá dizer que começou a série e a encerrou, depois que Tite, Cristóvão Borges, Fábio Carille, Jair Ventura, Vagner Mancini, Sylvinho, Vítor Pereira, o da sogra, e Vanderlei Luxemburgo a mantiveram.

Thiago Carpini está diante da façanha que Muricy, Milton Cruz, Eduardo Bauza, Rogério Ceni, Diego Aguirre, Mancini, Cuca, o que deve desculpas às mulheres do mundo, Fernando Diniz, Hernán Crespo, Juan Branda e Dorival Júnior não foram capazes, alguns deles, como Bauza, Ceni, Aguirre e Dorival, com duas chances.

Será o Majestoso de número 360, desde 1930, com 133 vitórias alvinegras, 111 tricolores e 115 empates.

Novo empate serve aos dois, pois cairá como bênção aos corintianos e manterá intacto o moral são-paulino.

Uma vitória tricolor, porém, alertará ainda mais o Palmeiras para a dureza do prélio que o aguarda.

Caso Mano mantenha o que começou a escrever talvez encontre a paz diante dos torcedores que, no último sábado (27), entoavam com ares de poucos amigos o refrão: “É guerra, é guerra, terça-feira é guerra!”.

Precipitados, sem a menor dúvida, mas é assim que funciona no futebol brasileiro quando as coisas não funcionam e, principalmente, quando a massa é enganada com promessas irrealizáveis.

Houvesse lideranças que conversassem francamente com a massa e expusessem planos factíveis, é provável que o relacionamento seria outro.

Quem, no entanto, promete o céu mesmo à beira do inferno, colhe sinalizadores, por mais que esfriem a ensaiada reação do time, como voltou a acontecer em São Bernardo do Campo.

Papo reto, como fez Jürgen Klopp com a torcida do Liverpool.


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noticia por : UOL

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