![Primeira queda d'água do rio Tietê, 10 metros abaixo da sua nascente, em Salesópolis (SP) Primeira queda d'água do rio Tietê, 10 metros abaixo da sua nascente, em Salesópolis (SP)](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/a8/2017/10/19/20mar2012---primeira-queda-dagua-do-rio-tiete-10-metros-abaixo-da-sua-nascente-em-salesopolis-sp-1508450734451_750x421.jpg)
Terreno influencia na capacidade do Tietê ser “autolimpante”. Após seu trecho mais alto, o Tietê segue um caminho natural com quedas relativamente grandes e que contribuem para sua autodepuração, aponta a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A autodepuração é justamente a capacidade de um corpo d’água de se livrar de impurezas.
Na prática, ao se distanciar de São Paulo, o rio recebe progressivamente menos descargas de esgoto e possui um fluxo de água mais intenso. Com a correnteza mais forte e menos lixo, a água acaba recuperando seu ecossistema natural de fungos e bactérias que decompõem a matéria orgânica e produzem oxigênio, apontou um estudo da Universidade de São Paulo.
Oxigênio é o ponto de partida para a restauração da vida de espécies ao longo do rio. Além disso, a força das águas o torna navegável e até fonte de energia hidrelétrica em alguns pontos. Ou seja, o Tietê pode ter uma aparência bem diferente daquela da capital ou até a de sua nascente em diferentes trechos.
Rio atípico foi essencial para a colonização de São Paulo e do Brasil
Justamente porque o Tietê anda “para trás”, ele facilitou que bandeirantes navegassem pelo interior do estado e em regiões vizinhas. No século 18, o Tietê se tornou uma importante rota fluvial e colaborou para a formação de cidades de São Paulo a Mato Grosso. Hoje, ele passa por 62 municípios paulistas.
noticia por : UOL