Diferenças metodológicas podem ajudar a explicar as variações. As pesquisas da Atlas são feitas por telefone, enquanto as da Paraná são presenciais. Qual dos dois métodos consegue captar melhor as intenções do eleitor de baixa renda? O Datafolha também deve trazer um novo levantamento hoje e pode ajudar a jogar luz na questão.
Marçal e Datena, no entanto, embaralham o jogo eleitoral. Com Marçal mais forte na disputa, Nunes cai e Boulos cresce, já que o influenciador captura parte do eleitor bolsonarista. Na pesquisa Atlas, o deputado do PSOL voltou à liderança da corrida. Já Datena pode capturar votos de ambos e o placar continuar parelho na pesquisa da Paraná, com vantagem para Nunes dentro da margem de erro.
Temos ainda várias outras questões em aberto. Qual é o potencial de votos de Marçal? Ele chega aos 25% que o eleitor bolsonarista parece ter na capital ou não consegue fazer frente à enxurrada de obras que Nunes vem fazendo na periferia graças ao caixa cheio da Prefeitura? Até mesmo dentro da campanha de Boulos a aposta é que Marçal não passe de 15%, apurou a coluna.
No entanto, e se ele avançar? Conseguiria tirar Nunes do segundo turno contra Boulos? O que leva à outra questão. O maior receio da campanha de Ricardo Nunes sempre foi um segundo candidato bolsonarista, já que o prefeito não se identifica tanto assim com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Sempre é bom lembrar do esforço feito para tirar Ricardo Salles (PL-SP) da disputa. Neste caso, será que Marçal estará na urna em outubro?
noticia por : UOL