As respostas eram aguardadas com ansiedade pelos produtores rurais franceses, que se manifestam há uma semana em diversas regiões do país. Eles apresentam demandas numerosas e diversas. Entre elas, a redução do preço do litro do GNR (diesel não rodoviário usado em máquinas agrícolas), um preço mínimo para os produtos agrícolas, ou o pagamento de ajudas com dinheiro público.
Os sindicatos e a Associação de Jovens Agricultores consideram necessária a ajuda emergencial para os “setores já em crise”, como a viticultura e a agricultura orgânica, e lançam um “projeto de redução de certos padrões. Eles exigem, ainda, uma moratória sobre a proibição de pesticidas, pagamento imediato da ajuda da PAC (“Política comum agrícola” da UE), a aceleração de projetos de armazenamento de água.
Protestos se estenderam por várias regiões
Durante toda a sexta-feira, os agricultores continuaram as suas ações bloqueando várias centenas de quilômetros de estradas da França, uma forma de aumentar a pressão sobre o governo, com o anúncio de um possível bloqueio dos principais pontos de acesso a Paris.
No contexto dos protestos dos agricultores, um edifício vazio da Mutualité sociale agricole (MSA) que é o regime de proteção social da categoria, foi alvo de um incêndio em Narbonne (780 km ao sul de Paris). “O incêndio está sob controle” e “não há vítimas”, disse um porta-voz da prefeitura.
Primeiro gesto do governo
Um primeiro gesto do governo para tranquilizar os agricultores foi ameaçar com sanções os distribuidores e fabricantes que não cumprem a lei “Egalim”, que prevê o equilíbrio das relações comerciais no setor agrícola, ao garantir um preço mínimo para os produtos.
noticia por : UOL