Em 2050, a maioria dos campos e instalações para refugiados estará submetida ao dobro de dias com temperaturas perigosamente elevadas que atualmente, aponta o relatório.
“É um perigo imediato para a saúde e a vida dos refugiados, mas também para a colheita e o gado”, alerta Harper.
“Constatamos uma perda crescente de terras cultiváveis em lugares expostos a extremos climáticos, como Níger, Burkina Faso, Sudão, Afeganistão… Mas, ao mesmo tempo, assistimos a um aumento expressivo da população”, explica.
O Acnur fez um apelo às delegações reunidas em Baku para que garantam que uma maior parte do financiamento internacional para a luta contra a mudança climática chegue aos refugiados e suas comunidades de acolhimento.
Atualmente, os Estados extremamente frágeis não recebem mais do que 2 dólares (11 reais) por pessoa de financiamento anual para a adaptação às mudanças climáticas, contra 161 dólares (926 reais) por pessoa nas nações menos expostas, destaca o Acnur.
“Se não investirmos na paz, se não investirmos na adaptação às mudanças climáticas nessas regiões, as pessoas se deslocarão”, antecipa Harper. “É ilógico esperar que façam outra coisa”, acrescenta.
noticia por : UOL