MUNDO

Oito meses depois, bolsonaristas assinam de novo a autoria do 8 de janeiro

Não só isso: numa outra evidência escancarada de que queriam os fascistoides, os militares estão sendo xingados e vilipendiados porque não houve o… golpe — que, é claro!, essa gente trata como se fosse só uma intervenção restauradora. A decepção é mesmo profunda entre os ditos “patriotas”. Pesquisa Genial/Quaest do mês passado indica que o prestígio dos militares teve uma queda importante: caíram de 43% em dezembro do ano passado para 33% os que dizem “confiar muito” nos fardados.

Esquerdistas e progressistas, no geral, não são exatamente fanáticos por uniformes e coturnos. Há fatores históricos que explicam e não me aterei a eles agora. Importante destacar que, entre os eleitores de Lula, variou de 27% para 29% os que “confiam muito” na categoria e de 45% para 43% os que responderam “um pouco”. A despencada se deu entre os que sufragaram o nome de Bolsonaro: a confiança para valer caiu de 61% para 40%, e os que disseram “um pouco” subiram de 31% para 38%. Entre os eleitores do dito “capitão”, os que não confiam saltaram de 7% para 20%, em empate técnico com os que escolheram o nome do petista: variaram de 25% para 26% os que expressam desconfiança.

Notem que a apreciação positiva sobre as Forças Armadas ainda é muito maior entre os eleitores do golpista do que entre os que votaram em Lula (40% a 29%), mas a corrosão de prestígio se deu justamente entre os devotos do arruaceiro. E é para essa parcela que as falanges, inclusive aquelas que tentam se fingir de “imprensa alternativa”, fazem a pregação do boicote ao 7 de Setembro — como se isso, de resto, pudesse vir a ser o preditor de alguma coisa relevante.

OUTROS NÚMEROS
E, obviamente, ainda que a ausência dos bolsonaristas preencha uma lacuna ética e moral, o que isso significaria além de nada?

Segundo a Quaest de agosto, o governo Lula é considerado bom ou ótimo por 42% do eleitorado; para 29%, é regular, e só 24% dizem ser “ruim/péssimo”. Note-se que o “bom/ótimo” significa uma avaliação realmente convicta. Lembro que o presidene foi eleito por 39% do total dos eleitores — descontados os que escolheram Bolsonaro, as abstenções e os votos brancos e nulos. Nada menos de 60% aprovam o trabalho de Lula — e isso indica que aquele “ótimo/bom” tem muito espaço para crescer.

Mais um pouco: na cidade de São Paulo, informa pesquisa Datafolha dos dias 29 e 30, 32% se dizem petistas, e 6% “mais próximos do PT”; afirmam ser bolsonaristas 15%, e 6%, “mais próximos de Bolsonaro”. Fizeram as contas? 45% a 21%. Dizem não votar de jeito nenhum em um candidato a prefeito apoiado pelo comerciante de joias espantosos 68% — a oposição a alguém com o suporte do atual presidente é de apenas 37%. Afirmam que escolherão quem Lula indicar 23%; no caso do homem do Rolex, apenas 13%.

noticia por : UOL

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