“Isso pode ocorrer pois as mulheres interrompem suas carreiras com mais frequência durante a vida profissional por motivos familiares e trabalham meio período”, disse a agência, citando ainda o cuidado com os filhos e as responsabilidades domésticas.
O órgão de estatísticas destacou que o avanço na carreira e os aumentos salariais das mulheres também são menos frequentes.
Entre as razões pontuadas, questões estruturais também contribuem para a diferença. O Destatis afirma que as mulheres têm maior probabilidade do que os homens de trabalhar em setores e profissões que pagam menos.
“Elas também são mais frequentemente empregadas em tempo parcial ou em empregos marginais do que os homens, o que também está associado a uma média mais baixa de ganhos brutos por hora.”
Um problema não só alemão
A diferença salarial entre os gêneros persiste não apenas na Alemanha, mas em toda a União Europeia (UE). No bloco como um todo, as mulheres recebem, em média, 13% menos do que os homens por um trabalho igual, de acordo com a Comissão Europeia.
E o progresso na redução dessa diferença tem sido lento. Em março de 2020, a Comissão Europeia definiu uma estratégia para eliminar a diferença salarial entre gêneros até 2025.
A Diretiva de Transparência Salarial foi introduzida em junho de 2023, possibilitando que as trabalhadoras determinem se estão sendo discriminadas e exigindo que as empresas se certifiquem de que estão aplicando os princípios de igualdade salarial.
noticia por : UOL