MUNDO

Na Alemanha e nos EUA, querem banir AfD e Trump da democracia

A imprensa anglo-americana segue tripudiando sobre a economia alemã, que está “perdendo sua mágica”, segundo o Wall Street Journal, e virando “o doente da Europa”, segundo a Economist.

A imprensa alemã está mais atenta aos efeitos políticos, com o Bild trazendo nova pesquisa, com o pior resultado para os três partidos governistas, cronicamente atrás da extrema direita, AfD. Outras duas no fim de semana, via Die Welt e ARD, vieram na mesma linha.

O quadro levou o principal publisher alemão, Mathias Döpfner, a escrever: “É preciso dizer claramente: uma ascensão desenfreada da AfD tem o potencial de destruir a democracia na Alemanha. Mas como lidar com um partido desses? Bani-lo? Difícil, mas possivelmente o último recurso se continuar a radicalizar”.

A revista Der Spiegel nem precisou perguntar, em editorial com o sobretítulo “Lidar com a AfD”. O título foi “Banir os inimigos da Constituição!” (acima). Uma das bandeiras para a ascensão do partido, enfatizada por governistas verdes ao também defender o banimento, é o fim da guerra na Ucrânia.

Nos Estados Unidos, o WSJ trouxe pesquisa neste final de semana, para a manchete “Trump é a primeira opção para quase 60% dos eleitores republicanos”. O apoio a Ron DeSantis “entrou em colapso”. No confronto direto com o democrata Joe Biden, 46% a 46%.

Assim como na Alemanha, o ex-presidente promete levar russos e ucraninos a “parar de morrer em 24 horas”, e a imprensa se movimenta em torno de sua desclassificação como candidato.

Começou no New York Times, dizendo ser um movimento de “juristas conservadores” citando a 14ª Emenda Constitucional, cujo “sentido original” supostamente vetava para cargos públicos as pessoas que participassem de insurreição.

A revista The Atlantic, talvez a mais associada ao establishment democrata, abraçou a causa logo depois, com o artigo “Constituição proíbe Trump de voltar a ser presidente”, também sobre a 14ª Emenda. E a Associated Press noticiou que outros “Grupos liberais procuram usar cláusula de insurreição para bloquear Trump”.

ACORDAR PARA TRUMP

No Financial Times, Bronwen Maddox, diretora do think tank londrino Chatham House, escreve que “Os aliados dos EUA precisam acordar para a questão Trump”. Questiona a “presunção” de que nada vai mudar. “Dizem que ele certamente não venceria, mas os tropeços, literais e figurativos, de Biden deixaram o voto democrata vulnerável.”

Se eleito, “os EUA viram, para seus aliados, um país completamente diferente”, por exemplo, “sobre a Ucrânia, Trump falou em ‘acabar com a guerra para acabar com as mortes'”. Daí o alerta: “O fato de essas implicações mal serem discutidas talvez se deva à preocupação de pôr em risco as relações atuais, mas isso não é mais uma boa desculpa”.


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noticia por : UOL

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