MUNDO

Mulher que mora no McDonald´s é solta após prisão em flagrante por racismo

Entenda o caso

Em maio, o UOL mostrou que muitas pessoas paravam para observar as mulheres na lanchonete. À época, a reportagem visualizou uma dupla de senhoras que olhou diretamente para as malas e Bruna Muratori ficou incomodada. “Boa tarde, tudo bem?”, avança, como se quisesse dizer “o que você está olhando aqui?”. Uma delas tomou um susto, mas não respondeu.

Em outro momento, uma nova dupla chegou. Não eram clientes, mas curiosos que logo pegam o celular. Na ocasião, a filha saiu e a mãe, que está sozinha, reagiu: “Vou te contar, hein? Essa gentalha é tudo sem nada o que fazer. São loucas? Será que nunca viram malas? Devem ficar com inveja das malas. Tem muita roupa”. Questionada pelo repórter sobre o que mais a incomodava na situação, ela foi enfática: “Essa garotada toda que vem aqui, essa gurizada toda cheia de besteira”.

Após a repercussão do caso, Bruna Muratori arrecadou mais de R$ 1 mil em uma vaquinha online que abriu com a meta de R$ 10 mil. Na página, ela afirmava que é “cliente” do estabelecimento e critica a imprensa por declarar que ela “mora” ali.

O McDonald's do Leblon em que as duas mulheres estão vivendo
O McDonald’s do Leblon em que as duas mulheres estão vivendo Imagem: Daniele Dutra/UOL

Bruna e Susane já recusaram vagas em abrigos e outros serviços da rede de apoio socioassistencial. A Secretaria Municipal de Assistência Social disse à reportagem, em maio, que sua equipe de abordagem especializada compareceu à lanchonete nos dias 10 e 16 de março e que ambas “recusaram prontamente” as ofertas.

noticia por : UOL

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