Conforme a investigação do órgão, nesses hotéis, mulheres dependentes de drogas eram submetidas a situações degradantes de saúde e exploradas a se prostituírem em troca de entorpecentes. Os antigos porteiros desses locais se filiaram ao PCC e passaram a gerenciar e estabelecer a “disciplina”, ou seja, castigar àqueles que tenham descumprido regras da facção criminosa, nos locais.
Ainda segundo o MP, a organização obtinha ganhos ilícitos por meio da venda de drogas dentro dos hotéis, com a explosão da prostituição, a realização de “tribunais do crime” e também com a lavagem do capital oriundo dos crimes.
Os promotores também indicaram na denúncia os crimes de lavagem de dinheiro pelos denunciados, com transferência de valores e compra e venda de um imóvel na Santa Cecília. Os recursos eram obtidos, conforme o Ministério Público, com crimes de organização criminosa e associação para o tráfico.
Se a Justiça aceitar a denúncia contra as 21 pessoas, elas se tornarão rés pelos crimes.
A coluna não encontrou as defesas dos novos denunciados para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
Investigação do MP-SP sobre atuação do PCC na ‘cracolândia’
Uma investigação do MP-SP apurou que a região da “cracolândia” conta com um “ecossistema de atividades economicamente ilícitas, não somente pelo tráfico de drogas e concentração de dependentes químicos, mas principalmente o comércio ilegal de peças de veículos, motocicletas e telefones celulares sem origem comprovada ou de origem ilícita.”
noticia por : UOL