Os mandados da operação, que está em andamento, estão sendo cumpridos em endereços ligados aos alvos e em unidades da PM nos bairros de Bangu, Olaria, Taquara, Tijuca e no centro de Nilópolis, e conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, que investiga uma suposta fraude na operação na Cidade de Deus.
Segundo o Ministério Público, os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital, com base em apurações do Procedimento Investigatório Criminal (PIC) sobre a morte. O Ministério Público já tinha ouvido testemunhas no local da ocorrência, dois dias depois da morte de Thiago.
De acordo com a Polícia Militar, quatro agentes do Batalhão de Choque que participaram da ação na Cidade de Deus foram afastados do serviço nas ruas. As armas usadas por eles no dia da operação foram apreendidas para perícia.
Thiago Flausino estava na garupa de uma moto, quando foi atingido por disparos. Familiares acreditam que ele tenha sido vítima de uma execução. Para tentar comprovar isso, parentes conseguiram reunir testemunhas e 13 vídeos de câmeras de segurança. Todo o material foi entregue à polícia e a Defensoria Pública.
PMs indiciados por fraude processual
Os quatro policiais militares envolvidos na morte do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, durante uma operação na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram indiciados por fraude processual.
Segundo um relatório da Corregedoria da Polícia Militar, há indícios que apontam uma tentativa de incluir uma arma de fogo no local da morte do jovem. Além disso, a investigação mostrou que os agentes envolvidos na ação utilizavam carros particulares.
O documento entregue ao Ministério Público aponta ainda que houve omissão de socorro e abuso de autoridade, com a intenção de omitir e divulgar informações incompletas para atrapalhar a investigação. O MP pediu a prisão preventiva dos policiais.
noticia por : UOL
