“Entende-se um pouco mais da brevidade da vida, todos esses fatores que às vezes assustam um pouco mais e mudou que todo dia está sendo exigido muito de mim. Está sendo todo dia uma reabilitação. A gente sabe que tem dias bons, dias piores”, disse.
Daniel afirmou que, no momento do atentado, confundiu o som dos tiros com o barulho de fogos pela classificação do Fluminense à semifinal da Libertadores. “Quando eu comecei a virar, protegendo meu rosto com a mão direita pra me jogar no chão, para sair do nível dos fogos, comecei a sentir muita dor no braço direito, em vários lugares. Aí, eu caí no chão.”
O sobrevivente também contou que viu seus amigos e colegas de medicina serem mortos pelos criminosos. “O Perseu, vi ele tentando fugir, aí, infelizmente, o executor esticou o braço direto e disparou alguns tiros, ele parou de se mexer, e eles foram embora. O Diego começou a gritar.”
Apesar da dor, o médico ainda conseguiu realizar uma autoconsulta para avaliar as lesões após os tiros. “Tentei forçar vômito, para ver se tinha alguma perfuração abdominal. Eu via o sangue escorrendo pelo meu corpo. Eu sabia que possivelmente essa seria a principal causa daquele momento da minha luta pela vida”.
Daniel levou um tiro no pé esquerdo, na perna esquerda, tiros no braço, no ombro esquerdo, mais o tiro que passou em raspão em uma mão, atingindo todos os ligamentos.
Relembre o caso
Marcos de Andrade Corsato, 62, Daniel Sonnewend Proença, 33, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro Almeida, 33, foram alvos do ataque a tiros, ocorrido em outubro na avenida Lúcio Costa.
noticia por : UOL