O tenente-coronel Mauro Cid está de novo na berlinda. A Polícia Federal o acusa descumprir seus compromissos de delator. Omitiu informações sobre o plano de assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Apagou arquivos do celular, dificultando investigações que deveria facilitar. O acordo de colaboração está sob risco. O ex-faz-tudo de Bolsonaro pode retornar à prisão.
Na hipótese de cancelamento do acordo, Cid perderia o direito de obter prêmios da Justiça, como uma redução da pena. As provas colecionadas a partir da colaboração permaneceriam válidas. É grande a indisposição dos investigadores em relação a Cid. A situação do delator deteriorou-se também na Procuradoria-Geral da República, que terá que se manifestar sobre o acordo.
Após interrogar o delator por cerca de três horas, a PF enviou relatório sobre as inconsistências ao Supremo Tribunal Federal. Relator do inquérito, Alexandre de Moraes intimou Cid a prestar novo depoimento nesta quinta-feira, dessa vez na própria Suprema Corte. Parece filme repetido.
noticia por : UOL