Com as ameaças que o republicano faz a imigrantes, transgêneros, homossexuais, militantes democratas, feministas, defensores do aborto e das liberdades individuais, “abre-se uma temporada de caça às bruxas nos Estados Unidos”, observa com preocupação o diário econômico Les Echos.
Para documentar esse período inédito da sociedade americana, o Le Monde traz em página dupla as primeiras 42 diretrizes assinadas por Trump no primeiro dia de seu mandato: 26 decretos, 12 memorandos e quatro circulares, nas áreas institucional, ambiental, de imigração e costumes, entre outras.
Davos: Milei raivoso
Os principais jornais franceses repercutem os discursos de Trump, do presidente argentino, Xavier Milei, e de líderes internacionais que falaram nos últimos dias no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Para o Le Monde, as falas dos dirigentes “traíram todas as fraturas no mundo caótico que o retorno do republicano à Casa Branca acentuou”. Os veículos descrevem o discurso “raivoso” de Milei contra o “wokismo”. O argentino apontou como sendo uma “ideologia sinistra e assassina”, da qual a União Europeia seria “o braço armado”. Um absurdo sem sentido.
Milei está eufórico com a formação de “uma aliança internacional de nações que querem ser livres de correntes”, reunindo Estados Unidos, Argentina, Itália, Hungria e El Salvador, por exemplo, todos países governados por líderes de extrema direita. Porém, nem todos os dirigentes presentes em Davos têm a mesma visão revisionista e negacionista de Trump, especialmente na área climática.
Após os anúncios de retirada dos EUA do Acordo de Paris sobre o clima e da determinação do republicano de aumentar a extração de petróleo, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, cujo país preside o G20 em 2025, expressou o descontentamento da maioria da comunidade internacional com as posturas reacionárias do bilionário à frente da maior potência do mundo.
noticia por : UOL