O candidato de extrema direita francês Jordan Bardella, de 28 anos, obteve entre 31,5% e 32,4% dos votos nas eleições europeias deste domingo, seguido de longe pela candidata governista Valérie Hayer (15,2%) e pelo socialista Raphaël Glucksmann (14% a 14,3%), segundo as primeiras estimativas dos institutos de pesquisa Ifop e Ipsos.
“Macron é esta noite um presidente enfraquecido” por esta “derrota estrondosa”, afirmou Bardella, que havia pedido a Macron que antecipasse as eleições legislativas previstas para 2027. “Esta tarde soprou um vento de esperança na França e mal começou”, disse a seus simpatizantes.
O presidente francês lamentou um mau resultado “para os partidos que defendem a Europa” e estimou que “o avanço de nacionalistas e demagogos é um perigo” para a França. “Esta decisão (de convocar eleições) é séria e de peso, mas, acima de tudo, um ato de confiança”, acrescentou.
Macron e seu primeiro-ministro, Gabriel Attal, estiveram amplamente envolvidos na reta final da campanha com o objetivo de frear a extrema direita que, segundo o presidente francês, poderia “bloquear” a UE, de modo que, para os analistas, o resultado representa uma “sanção” ao governo.
O resultado do RN, um dos melhores de sua história, confirma também os esforços de sua líder, Marine Le Pen, para dar uma imagem mais moderada à formação que herdou em 2018 de seu pai, Jean-Marie Le Pen, conhecido por seus comentários racistas e antissemitas.
“Estamos prontos para exercer o poder se os franceses confiarem em nós nas próximas eleições legislativas”, assegurou Marine Le Pen, cujo partido lançaria Bardella como candidato a primeiro-ministro.
noticia por : UOL