Marçal afirmou em entrevista à CNN que Boulos “já foi preso com drogas” e é “um drogado”. Ele disse ainda que iria “demonstrar isso no último debate, pois o processo está em segredo de Justiça”, mas que “está resolvendo isso”. O trecho da entrevista foi recortado e publicado nas redes sociais de Marçal.
Reportagem da Folha mostrou que Marçal usa um processo que, na verdade, tem como réu um candidato a vereador em São Paulo pelo Solidariedade. Trata-se de Guilherme Bardauil Boulos — o nome completo do candidato a prefeito é Guilherme Castro Boulos. Ainda segundo a reportagem, Marçal usa uma lista de processos buscados na Justiça apenas com o filtro das palavras-chave “Guilherme” e “Boulos”, e não pelo CPF, por exemplo. O resultado disso é uma listagem sem detalhamento.
Ministério Público Eleitoral afirmou que comportamento de Marçal “ultrapassou os limites do questionamento político”. Em manifestação no processo, o MPE argumentou que “propagar pelas redes sociais que o autor é drogado e já esteve inclusive preso portando drogas, sem provas, é ato afrontoso e, por isso, deve ser rechaçado”.
Justiça dá direitos de resposta a Boulos
A Justiça Eleitoral determinou nesta quinta (29) que a TV Record conceda um direito de resposta a Boulos. A decisão acolheu pedido da campanha do psolista, após Marçal dizer, em entrevista ao programa Balanço Geral, que Boulos era usuário de cocaína. “O candidato afirmou, por meio do gesto de levar a mão ao nariz e aspirar, que este é o único fato que define seu adversário político”, diz a decisão.
O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) rejeitou os recursos do candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) e confirmou os direitos de resposta para Boulos. A decisão da Corte paulista ocorreu em votação unânime na terça (27).
noticia por : UOL