Nas horas seguintes ao voto, Netanyahu cancelou o envio de uma delegação oficial de seu governo para conversas na Casa Branca.
Ainda que as armas americanas continuassem a fluir para os israelenses, a mudança de tom por parte de Biden criou uma tensão extra sobre Netahyanu — já duramente pressionado domesticamente e cada vez mais isolado no cenário internacional.
A avaliação interna no governo, portanto, é a de que os israelenses sabiam que precisavam “reconvocar” os americanos para um engajamento na proteção de Israel e, acima de tudo, não deixar Netanyahu sozinho neste momento.
Para isso, precisavam de um novo fato e um envolvimento que deslocasse a lógica da guerra. O alvo, portanto, era o Irã, visto pelos EUA de fato como uma ameaça.
Ao atacar o consulado, os israelenses sabiam que haveria uma resposta por parte de Teerã e que, se isso ocorresse, os EUA teriam de voltar a se comprometer com a segurança de Israel.
Se Biden foi em rede nacional para deixar claro o apoio americano ao seu aliado e se os militares dos EUA ajudaram a interceptar os mísseis iranianos, os bastidores marcaram uma forte pressão por parte da Casa Branca para que Netanyahu não respondesse aos mísseis.
noticia por : UOL