MUNDO

Imagens mostram impacto da cheia histórica no Rio Grande do Sul

Fotos produzidas pelo satélite Sentinel 2 revelam o contraste da região metropolitana de Porto Alegre antes e depois das tempestades que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias.

A primeira imagem capturada em 21 de abril, antes da tragédia, se transforma no cenário devastado pelas enchentes percebido no segundo registro feito nesta segunda-feira (6), após o período das chuvas.

A capital gaúcha foi invadida pelas águas do lago Guaíba deixando algumas das principais vias do centro histórico submersas, desalojou moradores e afetou serviços públicos.

O município decretou estado de calamidade pública na noite de quinta (2), após a cheia histórica do Guaíba que atingiu 5,3 metros, o maior nível em sua história.

Segundo estimativas do governo estadual, o lago Guaíba deve demorar mais de 10 dias para ficar abaixo da cota de inundação, de 3 metros. A previsão, portanto, irá prolongar a emergência na capital gaúcha e nos demais municípios afetados.

Por causa das cheias, quatro das seis estações de tratamento de água da cidade estão com o funcionamento interrompido. Neste domingo (5), o prefeito Sebastião Melo (MDB) disse que 70% da população da capital gaúcha enfrenta desabastecimento de água.

Melo pediu aos moradores da capital gaúcha que tenham casas no litoral que deixem a cidade por alguns dias para tentar reduzir o consumo de água.

Veja antes e depois de Porto Alegre

Mapa de satélite mostra a Grande Porto Alegre

Mapa de satélite mostra a Grande Porto Alegre após enchentes

Primeira imagem mostra a Grande Porto Alegre no dia 21 de abril, antes de chuva; depois, a mesma região nesta segunda (6), após as enchentes

Satélite Sentinel 2 via sistema Copernicus

O prefeito também suspendeu as aulas em Porto Alegre por três dias para que ambulâncias e veículos envolvidos em operações de resgate e apoio possam “ter mais liberdade para trabalhar na cidade”.

Além das ilhas, há dois pontos da cidade, segundo Melo, que precisam de cuidados extras: os arredores da Arena do Grêmio e o entorno da região da Fiergs, onde o dique foi extravasado para não arrebentar.

Imagens áreas mostram os estádio Beira-Rio e a Arena estão alagados completamente tomados pelas águas.

O aeroporto internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, fechado desde sexta-feira (3) em decorrência das enchentes, não tem previsão de quando os voos serão retomados, segundo a concessionária responsável. As companhias aéreas suspenderam voos para o local até o fim do mês.

Além do isolamento, os moradores da capital relatam saques em mercados, lojas e farmácias.

De acordo com a Prefeitura de Porto Alegre, mais de 9.000 estão abrigados em 60 locais no município. Além de pessoas da capital, moradores de Eldorado do Sul e outras cidades da região metropolitana estão acolhidos na cidade.

A previsão é que nesta semana a temperatura caia no Rio Grande do Sul. Existe a expectativa da chegada de uma frente fria nesta quarta-feira (8), e em algumas regiões os termômetro podem marcar mínima de 10°C. As baixas temperaturas podem deixar ainda mais dramático o cenário, especialmente de moradores que ainda aguardam resgate.

Até agora, as chuvas deixaram 85 mortos e 339 feridos no estado. Ainda há 134 desaparecidos.

Em viagem ao Rio Grande do Sul pela segunda vez em uma semana, o presidente Lula prometeu neste domingo, após sobrevoo de áreas afetadas, a criação de um “plano de prevenção de acidente climático”.

noticia por : UOL

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