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Igreja afasta fiéis e divulga seus pecados nas redes: 'fofoca, embriaguez'

Israel Belo de Azevedo, pastor, historiador e doutor em filosofia, afirma que não conhece a igreja One e nem seus ensinos, mas explica como funciona a questão dos afastamentos e acredita que a exposição pode ser prejudicial tanto para quem é exposto quanto para a própria instituição.

O ideal é que a disciplina jamais seja pública. Quando o problema é tornado público, as chances de retorno das pessoas “disciplinadas” são mínimas. O recomendado é que o pastor (na igreja congregacional) ou o presbitério (nas igrejas presbiterianas) chame a pessoa e a oriente, sem expor seu caso ou seu nome, tanto pelo objetivo da disciplina, que é a restauração, tanto pela obediência aos preceitos legais, afirma Israel Belo, autor do livro “Bíblia Prazer da Palavra”, a primeira versão da Bíblia pensada e preparada por um brasileiro.

O que é disciplina?

O pastor explica que no meio evangélico, recebe o nome de “disciplina” o termo que designa a responsabilidade das igrejas com relação aos seus membros. Numa perspectiva histórica, as igrejas evangélicas aceitam pessoas no seu “rol de membros”, podendo desligá-las quando a comunidade reunida em assembleia ou por um grupo de líderes, assim decida, sempre com direito a defesa.

Nas igrejas de formato congregacional, o erro é levado à congregação, que nomeia uma comissão para ouvir o membro. Essa comissão traz seu relatório. Quando a comissão nota que houve arrependimento, com desejo de correção de rumo, por parte do acusado, ela recomenda que seja mantido no rol de membros. Se não houver disposição de mudança ou reparação do erro, ela recomenda o desligamento do rol, desligamento esse nunca definitivo. Em qualquer momento, a pessoa pode solicitar sua “reconciliação”.

Além do afastamento, Israel fala sobre a exposição dos nomes. “No contexto da LGPD, as igrejas, inclusive, estão solicitando aos participantes nos cultos que autorizem a veiculação de suas imagens, que são captadas e transmitidas. Todas as igrejas que transmitem seus cultos devem ter esse cuidado. Qualquer exposição de nomes ou imagens de pessoas “disciplinadas” pode ser prejudicial. As consequências no plano moral e jurídico podem ser imprevisíveis”, alerta Israrel, pastor da Igreja Batista Itacuruçá.

noticia por : UOL

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