As pinturas são atribuídas a “vários indivíduos”, já que há uma “variação razoável de estilo observada.” Os achados foram publicados no período “Science Reports”, da Nature (veja a íntegra aqui).
Um dos pontos que chamou a atenção dos pesquisadores é que, em nenhum caso foi feita gravura que resultasse em danos às pegadas existentes, “sugerindo cautela por parte dos fabricantes.”
A semelhança é muito notável e até o tamanho da reprodução artística é similar ao tamanho da pegada de dinossauro com três dedos.
Aline Ghilardi, paleontóloga do Departamento de Geologia da UFRN e uma das autoras do estudo
Segundo Aline, símbolos tridáctilos já eram conhecidos em outras localidades. Ela explica que essas gravuras são interpretadas como uma representação de pegadas de aves, com pés tridáctilos (três dedos), como os dos dinossauros.
As aves fazem parte de um grupo de dinossauros viventes, mas é surpreendente achar esses símbolos associados às pegadas fósseis tridáctilas. Isso nos faz pensar se esses povos antigos interpretaram aquelas pegadas fósseis como pegadas de grandes aves –como as emas atuais–, mas, de alguma forma, especiais, por estarem na rocha.
Aline Ghilardi
noticia por : UOL