Sob a supervisão da Comunidade do Caribe (Caricom), partidos políticos e figuras proeminentes do Haiti tentam, nesta quarta-feira (13), chegar a um acordo sobre a composição do painel de transição, após o anúncio na segunda da renúncia do primeiro-ministro, Ariel Henry.
Na capital, Porto Príncipe, atuam cerca de 23 gangues, que controlam 80% do território. Elas se agrupam em duas grandes coalizões envolvidas em guerras territoriais: G9 Família e Aliados, liderada por Jimmy Chérizier, conhecido como “Barbecue”, e G-Pèp.
“Barbecue”, uma das figuras públicas por trás da violência dos últimos dias, é provavelmente o líder da gangue mais poderosa, composta por muitos ex-policiais como ele.
As gangues armadas se profissionalizaram e têm mais poder de fogo do que a polícia haitiana para realizar todo tipo de tráfico e sequestros por resgate.
Em um primeiro sinal do papel que pretende desempenhar, “Barbecue” declarou na segunda-feira que não reconheceria um “governo formado pela Caricom ou outras organizações”.
– Segurança é prioridade –
“Na minha opinião, o que emergirá no atual equilíbrio político são as gangues como ‘força'”, argumenta Gédéon Jean, diretor do Centro de Análise e Pesquisa sobre Direitos Humanos (CARDH), uma ONG haitiana.
noticia por : UOL