Ainda que sem seu pai, o deputado Eduardo Bolsonaro estará presente em Buenos Aires.
Steve Bannon, estrategista da extrema direita e que insiste em difundir a desinformação que a eleição de 2020 foi “roubada”, também é outro que falará no evento, ainda que por meio virtual. O evento ainda conta com a presença de Ben Shapiro, destaque do movimento de extrema direita americano.
O tema deste ano do evento é “defendendo a liberdade, soberania nacional e valores tradicionais no futuro da América Latina”. Diplomatas consultados pelo UOL na região consideram que a reunião passou a ser uma espécie de plataforma para que Milei se apresente como um líder regional e uma referência da extrema direita.
Suas ações, nas últimas semanas, indicaram sua tentativa de ganhar esse protagonismo, ainda que parte das iniciativas não passem de construção de uma narrativa ou tenham naufragado. Milei tentou – e depois desistiu – de se opor à declaração final do G20, no Brasil. O argentino também ordenou votos polêmicos na ONU e, para o final da semana, levará propostas que ameaçam enfraquecer o Mercosul.
Na cúpula do G20, no Rio de Janeiro, o aperto de mão frio entre Luiz Inácio Lula da Silva e Milei revelou a dimensão do distanciamento entre os dois governos. Milei foi um dos poucos líderes estrangeiros sem um encontro privado com o presidente brasileiro.
Enquanto isso, porém, Milei continua a negociar com a China, apesar de a extrema direita acusar Pequim de tentar “implantar o comunismo no mundo”.
noticia por : UOL