MUNDO

Europa comemora 80 anos do Dia D – sem a Rússia

A fim de honrar a contribuição URSS para a vitória sobre a Alemanha nazista, em 2004 os anfitriões franceses convidaram o presidente russo, Vladimir Putin, para o 60º aniversário do Dia D. E novamente para o 70º, em 2014, mesmo poucas semanas após Moscou ter anexado unilateralmente a península ucraniana da Crimeia – uma manobra condenada em nível internacional.

“Depois de 1989-90, era grande a euforia de que o mundo se tornaria mais pacífico, de que a Rússia, enquanto Estado democrático, se integraria ao modelo comercial ocidental”, explica Peter Lieb. “O mais tardar desde 2022, porém, é claro que as condições são totalmente outras.” Ele se refere à invasão em massa da Ucrânia pelas Forças Armadas russas, iniciada em 24 de fevereiro daquele ano.

Ainda assim, apesar de não convidarem o próprio Putin, as autoridades francesas pretendiam ter no evento, por exemplo, o embaixador russo no país. O anúncio causou mal-estar em Washington, Londres e também em Berlim. Mas por fim Paris mudou sua postura: Moscou ficará de fora. “Diante da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, que nas últimas semanas ainda se agravou, simplesmente não há condições”, justificou o Palácio do Eliseu.

Em vez disso, é o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que viajará para a França. Ele vai celebrar os 80 anos do Dia D no litoral da Normandia, ao lado de seus homólogos francês, Emmanuel Macron, e americano, Joe Biden, príncipe William do Reino Unido, chanceler Olaf Scholz e de outros convidados oficiais. Além de, é claro, alguns dos últimos veteranos da Segunda Guerra Mundial.

Autor: Christoph Hasselbach

noticia por : UOL

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