A SSP de Sergipe anunciou a mesma orientação. Em nota emitida no último domingo (15), o órgão afirma que a recomendação será enviada para todas as prefeituras do estado. “A medida visa a proteção da saúde e segurança da população, especialmente de crianças e adolescentes, além de contribuir para a redução de comportamentos violentos e ilegais”, diz o texto.
A utilização de objetos que imitam armas reais em brincadeiras pode contribuir para a banalização da violência, normalizando comportamentos agressivos e conflitivos SSP de Sergipe, em nota oficial
Armas de gel são de fácil acesso
As armas de gel, chamadas também de “metralhadoras”, são facilmente encontradas em lojas e na internet. Segundo diversos anúncios deste tipo de produto, a arma de gel é uma opção “divertida” para as crianças. Apesar de muitas vezes ser anunciada como “brinquedo”, o objeto não é considerado desta forma e não pode ter selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). “Réplicas de armas com projéteis de bolas de gel são semelhantes a equipamentos como airsoft e paintball, regulamentados pelo Decreto nº 11.615, de 21 de julho de 2023, o qual não está sob a competência do Inmetro”, disse o instituto em nota.
Apesar dos potenciais perigos envolvendo as bolinhas de gel, parte dos vendedores minimizam os riscos. O UOL analisou a descrição inserida em diferentes plataformas em que a arma de gel é comercializada. Segundo estes anunciantes, as bolinhas de gel são “refrescantes e inofensivas”, e a arma em si é “uma forma inovadora e segura” para que as crianças brinquem e “utilizem a imaginação”.
Neste formato de venda, os eventuais riscos da arma de gel aparecem em breves avisos. Nos anúncios verificados pelo UOL, há observações como: “Utilize sempre os óculos de proteção durante as brincadeiras”, “Use os óculos de proteção fornecidos junto ao produto” e “Equipado com acessórios de proteção”.
noticia por : UOL