MUNDO

Elon Musk infla rede bolsonarista e mira interesses comerciais do X

Musk e extrema direita brasileira. A escritora Michele Prado, hoje pesquisadora do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP (Universidade de São Paulo), observa que a relação de Musk com a extrema-direita brasileira “é antiga” e já vem “pelo menos desde 2022”, por meio de figuras conhecidas do bolsonarismo, como Paulo Figueiredo, Monark e Rodrigo Constantino.

Negócios de Musk enfrentam dificuldades. David Nemer, professor do Departamentos de Estudos de Mídia da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, chama a atenção para a questão comercial que a ação de Musk acaba envolvendo. “Parece comportamento de cachorro acuado”, afirma. Isso porque os negócios de Musk enfrentam algumas dificuldades.

X vale 70% menos do que quando foi comprado por empresário. Musk comprou a empresa em outubro de 2022, quando ela ainda se chamava Twitter, por US$ 44 bilhões. Em janeiro deste ano, a companhia foi avaliada em US$ 12,5 bilhões, numa desvalorização de mais de 70% em um ano e meio, conforme a avaliação de um dos principais acionistas divulgada pelo site de notícias Axios.

Menos usuários, menos anunciantes. O Brasil virou um dos maiores mercados para o X, só que o número de usuários ativos vem caindo, o que tem também reduzido o número de anunciantes”, afirma Nemer.

Tesla, fabricante de veículos elétricos de Musk, também enfrenta dificuldades. Entre 2022 e 2023, o lucro antes de impostos da empresa caiu de US$ 13,7 bilhões para US$ 9,9 bilhões, segundo suas demonstrações financeiras – o lucro líquido cresceu entre um ano e outro, mas só porque a Tesla foi beneficiada por uma “decisão tributária”, de acordo com o balanço. E de janeiro para cá, a empresa perdeu 44% do seu valor de mercado na bolsa de valores Nasdaq, nos Estados Unidos

noticia por : UOL

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