MUNDO

Dólar a R$ 5,75 com a retaliação da China? "Uzmercáduz" erram ou especulam?

Os sábios seguiam antevendo o fim dos tempos. E o motivo era arreganhado todos os duas por “analistas” de uma nota só: sem uma resposta imediata à trajetória da dívida, nada feito! E ponto. Importante deixar claro que as expectativas negativas sobre “as tarifas de Trump” elevaram o dólar mundo afora, não só no Brasil. Mas aqui a valorização foi maior.

Aí o Imperador Decadente do Norte, o tal Trump, assume. A imposição de tarifas começa a andar de lado. O dólar dá uma recuada no mundo, mas começa a cair no Brasil de forma mais evidente porque aquele movimento estúpido “duzmercáduz”, de meados de dezembro a meados de janeiro, tinha de começar a recuar. Hoje é o 15º dia de mandato de Trump, e o dólar cai há 12. Fechou cotado a R$ 5,75… Um luminar de um bancão disse há menos de três semanas que esse valor só seria atingido se o governo anunciasse um outro corte grande de gastos… Ainda bem que essa gente não bate pênalti. Ou seria sete a zero todo dia!!!

Nunca ninguém conseguiu responder nem vai: se ó dólar a estúpidos R$ 6,27 decorria dos riscos fiscais no Brasil, por que ele cai a R$ 5,75 porque Trump um tanto de lado nas tarifas??? E no dia em que a China anuncia um contra-ataque que compreende até limite a exportações? Que lógica tem isso? Qual o sentido? “Ah, não seja ignorante…” Ok. Não serei. Que os sábios que justificavam aquela sem-vergonhice então expliquem, ora… Mas não vão.

Trump? Ainda acho que a participação de André Esteves, fundador e presidente do conselho do BTG Pactual, em Davos impactou mais a queda do dólar do que Trump… Por quê? Afirmou o banqueiro no dia 21 de janeiro: “Não temos déficit relevante em conta-corrente, e temos reservas internacionais altas. Não vejo nenhum grande desequilíbrio macroeconômico; só precisamos ser um pouco mais disciplinados para abrir algum espaço para investimento público, que ainda é muito baixo.” Lembrou ainda que o financiamento da dívida brasileira é quase todo doméstico. O início da queda coincide com a sua fala. “Ah, mas Trump havia assumido no dia anterior…” Bem, parece-me razoável que a serenidade ou a histeria de um grande player do mercado no Brasil possa interferir mais da opinião “duzmercáduz” do que essa conversa sobre tarifas e dólar.

Em suma: nada justificava aquela loucura de meados de dezembro a meados de janeiro. A maluquice em alguns nichos era tal — e, em certa medida, ainda é — que o dólar ameaçou um repique de alta em 30 de janeiro, dia seguinte à nova elevação de um ponto na Selic. E se sabe que haverá a terceira dose. No comunicado inicial, o Copom avisou que a jornada altista não acabou. Mas houve quem visse, sei lá por quê, certa leniência. A coisa não se sustentou, e a moeda americana acabou fechando em queda naquele dia. Mas os insanos tentaram emplacar a tese.

No dia 31, veio a evidência de que o governo cumpriu a meta fiscal, com déficit de apenas 0,09% do PIB. Sem as ações desavergonhadas de setores do Congresso em favor das desonerações relativas ao Perse e aos tais 17 setores, teria havido superávit. Sim, é preciso pensar na trajetória da dívida e coisa e tal. Mas cadê o abismo? Os que se manifestam como “especialistas” e anteveem o caos ou não sabem do que falam ou estão usando a imprensa para fazer negócios.

noticia por : UOL

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