MUNDO

De R$ 3 dados em isenções, só R$ 1 gera benefício à sociedade, diz estudo

A parte do Congresso

Também prevista na Constituição, a redução de tributação para micro e pequenos empresários saiu do papel. Trata-se do Simples Nacional, que concede incentivo a micro e pequenas empresa – reconhecidas por serem as maiores empregadoras do país. Hoje, a isenção do Simples lidera a lista de benefícios fiscais com R$ 125,3 bilhões – mas não há contrapartida para R$ 30,7 bilhões.

Os auditores consideram o Simples Nacional adequado, mas o estudo pondera que empresas que faturam alto e não geram muitos empregos pegaram carona na lei. Ela prevê isenção fiscal para pessoas jurídicas com renda bruta até R$ 4,8 milhões por ano. Ocorre que o grosso dos empregos (75,5%) é criado por empresas que faturam até R$ 1,8 milhão, segundo a Unafisco.

O estudo demonstra que o Congresso deu tratamento diferente às duas legislações previstas na Constituição: a lei que beneficia empresas maiores foi criada; a que cobra imposto dos mais ricos nunca saiu do papel.

O deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) admite que, com ou sem estudos, mudanças que reduzam as renúncias não prosperam no Congresso. Ele afirmou que o lobby de grandes empresas impede que isenções sejam retiradas.

O empresário é quem manda. Banco manda ainda mais. Não passa nada que diminua renúncia no Congresso.
Deputado Mauro Benevides Filho

noticia por : UOL

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