O hacker Walter Delgatti entrou na mira da comissão depois que afirmou ter recebido dinheiro da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) para invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ele está preso desde o início de agosto.
Delgatti ficou conhecido após invadir celulares de integrantes do Ministério Público que atuavam na Lava Jato. Na CPI, foi blindado pelos governistas e virou alvo de críticas e ataques da oposição.
Ele travou um embate pessoal com o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União-PR), alvo da “Vaza Jato”, a quem chamou de “criminoso contumaz”. O senador rebateu as declarações e disse que era ele quem estava preso.
No depoimento, o hacker afirmou ter recebido ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro para tentar deslegitimar o sistema eleitoral antes do pleito. Ele disse ainda que o então chefe do Executivo havia lhe prometido um indulto, em caso de ser preso pelos serviços de hacker.
Segundo o advogado dele, Ariovaldo Moreira, teria recebido R$ 40 mil de Zambelli em pagamentos pelos serviços de hacker. A parlamentar teria feito depósitos que chegam a R$ 14 mil e o restante do valor foi pago em espécie. A deputada nega as acusações.
Tiro no pé
Quando a oposição falou de 8 de janeiro, o discurso foi que o acampamento era formado por senhoras com Bíblia embaixo do braço e patriotas com a bandeira nos ombros. Nas palavras dos bolsonaristas, golpe se faz com armas, algo que não existia no acampamento.
noticia por : UOL